Ricardo Costa

Ricardo Costa
Ricardo Costa Chairman Grupo Bernardo da Costa

Jogar como grande, pensar como campeão

O SC Braga jogou como uma verdadeira equipa grande no último domingo, frente ao líder do campeonato. Não há muitas equipas no mundo que consigam sair do Dragão com 69% de posse de bola — eu, pelo menos, não me lembro de nenhuma. Foi um Braga dominador, confiante e com personalidade.

Mas, infelizmente, esse domínio não se traduziu em vitória. Faltou ambição na hora de atacar, faltou arriscar mais, acreditar mais. Porque quando se tem tanta posse de bola, não se pode terminar o jogo com apenas dez remates — e só três deles enquadrados com a baliza. A estatística mostra controlo, mas o futebol joga-se para ganhar, não apenas para ter a bola.

O pragmatismo obriga-nos a reconhecer que algo não está bem. À décima jornada, o SC Braga está a 15 pontos do primeiro lugar e a 9 do quarto. O investimento feito no início da época não está, para já, a ter reflexo em campo. E este é o momento para toda a estrutura refletir: o que falta para transformar potencial em resultados?

Carlos Vicens tem ideias, tem coragem e já mostrou sinais de evolução no jogo coletivo. Mas a exigência é alta — porque o Braga habituou os seus adeptos a sonhar com mais. E esse sonho só se mantém vivo se for alimentado com vitórias.

Segue-se agora o Genk, em casa, para a Liga Europa. O objetivo é claro: manter o registo 100% vitorioso nesta competição e mostrar que o Braga pode, de facto, aliar qualidade de jogo a eficácia e resultados.

Jogar como grande é importante. Pensar e vencer como campeão é o passo que falta.

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