António Magalhães
O regresso do Benfica à Grécia verifica-se num contexto de idênticas dificuldades. Há um mês, as águias precisavam de ‘virar’ um empate cedido na Luz para carimbar o bilhete de entrada na Champions. O que provocava certo receio acabou por ser resolvido com grande limpeza. Agora o Benfica defronta o AEK, equipa em pior momento do que o PAOK, num campo menos hostil (o Estádio Olímpico), mas ainda assim num quadro de limitações físicas (lesões), condicionantes de calendário (o clássico está à porta) e pressão política (Vieira sofre contestação interna) evidentes. A equipa carrega, pois, sobre os ombros a responsabilidade de resgatar de novo a confiança dos adeptos.
José Peseiro tem nas mãos a decisão de reintegrar Nani na equipa, mantendo-o também como capitão do Sporting, mas naturalmente cabe ao jogador continuar a merecer a confiança e o estatuto. Há que compreender a posição do treinador. Noutras circunstâncias, a atitude de Nani talvez pudesse ser gerida de forma menos contundente. Acontece que a força do grupo é neste momento o grande combustível da máquina leonina. Por isso, qualquer corte nestes laços pode comprometer o trajeto da equipa. Peseiro arriscou a sua popularidade junto dos adeptos mas ganhou a ‘aposta’. E bem vistas as coisas o Sporting pode ter ganho muito mais.
