A compra da equipa de basquetebol do Benfica, em 2003, estreitou as relações entre Ulisses Santos e Luís Filipe Vieira. O negócio do basquetebol “não foi rentável em termos financeiros”, recorda o empresário, que admite ter “existido uma grande aproximação” ao atual presidente dos encarnados a partir dessa altura. “Quem liderava então o clube da Luz era Manuel Vilarinho, apesar de Luís Filipe Vieira já ser uma figura importante na estrutura diretiva. Trata-se de uma pessoa que estimo muito e posso dizer que é um mestre para mim, porque é das pessoas que mais me tem ensinado no futebol”, afirma. Relativamente ao futuro dos sérvios que estão no Benfica, Ulisses Santos remete, precisamente, para o presidente dos encarnados. “O futuro a Deus pertence e, neste caso, também a Luís Filipe Vieira”, sublinha.

«Nunca penso só no lucro imediato»

A função de agente deve ser desempenhada com ponderação, conforme defende Ulisses Santos. Um dado é, contudo, adquirido para o empresário: “Os jogadores querem fazer bons contratos”. Apesar disso, e falando da sua forma de agir, Santos explica que um bom contrato nem sempre é a prioridade. “É importante ter uma relação próxima com os jogadores, aconselhando-os em termos de carreira e não apenas em função do momento. Nós temos um papel fundamental nesse aspeto. Penso sempre no jogador em termos de carreira e não no lucro imediato”, refere.

A preferência de Ulisses Santos vai, por isso, para jovens. “Um jogador que esteja em progressão é a minha prioridade, acompanhando o seu dia-a-dia, a vivência familiar, as relações de amizade, etc. Tenho uma estrutura que me ajuda nisso e também na deteção de talentos. Hoje em dia, o empresário não é apenas a pessoa que representa os jogadores, é também quem encontra soluções para os clubes, transformando essa relação em receita”, conclui.