"Estrasburgo mexe com tudo": Nuno Melo sublinha que tudo o que se passa no Parlamento Europeu afeta a vida dos portugueses

Nuno Melo

Nuno Melo foi eurodeputado praticamente quinze anos. Foi eleito pela primeira vez em 2009. Renunciou ao mandato no final de março para tomar posse como deputado na Assembleia da República. O programa ‘Europa Viva’ da CMTV acompanhou o adeus de Nuno Melo ao Parlamento Europeu. Na viagem de carro do hotel em Estrasburgo, onde ficou ao longo destes anos, Nuno Melo confessa uma certa angústia, porque o Parlamento Europeu é a instituição que mais impacta na vida dos portugueses.

Mas, sublinha, a vida é feita de ciclos e o seu ciclo como eurodeputado chegou ao fim. Em jeito de despedida, Nuno Melo considera que os eurodeputados não têm a visibilidade devida tendo em conta o contributo que todos dão para o bem-estar de Portugal. Apesar desse défice de visibilidade, Nuno Melo admite que o facto de ser eurodeputado nos dois anos em que o CDS/PP não teve representação no Parlamento português foi muito importante para os centristas não serem vítimas de um apagão total em termos mediáticos. 

Nuno Melo sai do Parlamento Europeu de consciência tranquila e com a certeza de ter contribuído para melhorar a vida dos portugueses, até porque, realça, “as pessoas não têm a noção de como tudo o que se passa no Parlamento Europeu afeta as suas vidas. A começar pelos fundos comunitários, tudo o que transforma Portugal com milhares de milhões de euros é negociado em Bruxelas e em Estrasburgo. Tudo o que é escola, hospital, estrada ou mesmo intercâmbio é negociado no Parlamento Europeu”.

Sobre a abstenção nas últimas eleições europeias em Portugal ter rondado os 70%, Nuno Melo sublinha que o problema é a distância, porque “para muitas pessoas o Parlamento Europeu ainda é uma realidade longínqua”. “Não tem a visibilidade da Assembleia da República e as pessoas afastam-se.” Quanto à abstenção nas próximas eleições europeias, Nuno Melo admite estar preocupado, tanto mais que o 9 de junho (data das eleições) é véspera de feriado em Portugal.

"Eleito por um ciclo nacional"

Ser eurodeputado ganhou maior relevância quando o CDS deixou de estar no Parlamento?

Foi a primeira razão que me levou a candidatar à presidência do CDS/PP. Tendo o CDS saído da Assembleia da República – por uma razão que eu acho que foi conjuntural e não estrutural -, apesar de tudo, perdeu a grande montra política e a visibilidade mediática. É uma ferramenta fundamental para que um partido possa apresentar as suas ideias, possa ser visível perante os eleitores que no final vão fazer escolhas. Para todos os efeitos, passei a ser o único deputado do CDS eleito por um ciclo nacional. Porque um eurodeputado é eleito por um ciclo nacional.

O facto de ser eurodeputado ajudou o CDS?

Neste dois anos, grande parte da visibilidade que o CDS conseguiu ter passou por esta instituição tão importante que é o Parlamento Europeu, porque muitos dos assuntos hoje em dia não são estritamente nacionais. São também europeus.

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Foi a primeira razão que me levou a candidatar à presidência do CDS/PP. Tendo o CDS saído da Assembleia da República – por uma razão que eu acho que foi conjuntural e não estrutural -, apesar de tudo, perdeu a grande montra política e a visibilidade mediática. É uma ferramenta fundamental para que um partido possa apresentar as suas ideias, possa ser visível perante os eleitores que no final vão fazer escolhas. Para todos os efeitos, passei a ser o único deputado do CDS eleito por um ciclo nacional. Porque um eurodeputado é eleito por um ciclo nacional.

Por Correio da Manhã
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