«Ronaldo não tem culpa do que lhe está a acontecer»

• Foto: Lusa

António Lobo Xavier, advogado de Cristiano Ronaldo, garantiu que o craque do Real Madrid não fugiu aos impostos, referindo que o internacional português "não tem culpa do que lhe está a acontecer" e lembrando que CR7 confiou em quem o aconselhou neste tipo de matérias mais técnicas.

"Foi uma total surpresa para Ronaldo e ele sente-se injustiçado. Nenhum contribuinte, mesmo profissional ou conhecedor de matérias fiscais, está em condições de assumir a reesponsabilidade por aspetos tão delicados como estes relacionados com direito de imagem. (...) Se estivesse no lugar dos advogados que aconselharam Ronaldo, assumiria a responsabilidade. Não estamos a falar de esconder salários ou ocultar valores", começou por dizer Lobo Antunes à SIC Notícias, passando a explicar os motivos por que acha que o futebolista é inocente.

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Em causa, diz, estão dois pontos, relacionados com o timing da declaração dos rendimentos oriundos dos direitos de imagem e com a divisão entre o que é ganho em Espanha e no resto do Mundo. "Há um diferendo técnico sobre o momento em que devia ter sido feita a declaração e o critério escolhido por Ronaldo deu mais dinheiro ao fisco; e depois há um diferendo sobre imputação dos direitos de imagem correspondentes a Espanha e ao resto do mundo. é uma fase muito preliminar e o fisco não concorda com esta repartição."

"Ronaldo vendeu os seus direitos de imagem a uma sociedade e usava-os por todo o mundo. Quando se tratou de fazer a declaração, viu-se o que era obtido em Espanha e o que era obtido no resto do Mundo. As marcas a que está ligado dizem que os valores de Espanha andariam por 6, 7 por cento. Não havendo precedentes na lei, os consultores de Ronaldo resolveram ser prudentes e imputar 20 por cento a Espanha e 80 ao resto do Mundo. Não esconderam nada", acrescentou.

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"Ronaldo declarou os seus rendimentos relativos a direitos de imagem em 2014, achando que era em 2014 que os devia declarar. O que existe nesta denúncia é uma diferença de critério. Parece que o fisco espanhol acha que ele não deveria ter declarado aquilo em 2014 mas sim em 2012, 2013. Mas se ele tivesse feito o que a autoridade espanhola diz, teria pago menos do pagou em 2014", finalizou o advogado.

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