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Smartphones podem ficar 7% mais caros em 2026 e a culpa é da falta de componentes

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Uma escassez de circuitos integrados de memória - componentes responsáveis por armazenar dados em dispositivos eletrónicos - deverá levar a um aumento dos preços dos smartphones em 2026 e afetar as contas de algumas das maiores produtoras mundiais.

A informação, revelada por um relatório da Counterpoint Research, citado pela CNBC, mostra que o preço médio dos smartphones poderá subir 6,9% no próximo ano, em comparação com os preços praticados no ano em curso. A estimativa da empresa de consultoria e estudos de mercado fica assim bastante acima da previsão feita anteriormente, na qual a Counterpoint apontava para um aumento dos preços de 3,6% para 2026.

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A par disso, a consultora avança ainda que as vendas de smartphones – medidas através das entregas e envios de smartphones para locais de venda – poderão cair 2,1% em 2026.

O aumento esperado dos preços deve-se, sobretudo, à escassez de componentes específicos, como os circuitos integrados de memória e a “estrangulamentos” na cadeia de abastecimento de semicondutores, desafios agravados pela forte procura por estas tecnologias devido ao “boom” da inteligência artificial (IA).

Nesta linha, a construção contínua de centros de dados a nível global tem vindo a aumentar a procura por sistemas desenvolvidos pela Nvidia, que, por sua vez, utiliza componentes desenhados pela SK Hynix e pela Samsung – os dois maiores fornecedores dos chamados circuitos integrados de memória.

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Para smartphones mais baratos, vendidos por 200 dólares ou menos (cerca de 170,28 euros ao câmbio atual), o custo para produzir um único telemóvel cresceu entre 20% a 30% desde o início do ano, segundo a Counterpoint. Já para produzir um smartphone de gama mais alta, o custo aumentou de 10% a 15% no mesmo período.

“Os preços das componentes de memória podem subir mais 40% até ao segundo trimestre de 2026, resultando num aumento dos custos dos materiais [necessários para a produção] entre 8% e mais de 15% acima dos valores atuais”, escreveu a Counterpoint.

Assim, “a Apple e a Samsung estão em melhor posição para enfrentar os próximos trimestres [...], mas será difícil para outras empresas que não têm tanta margem de manobra gerir a sua posição no mercado em relação às suas margens de lucros”.

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A nota da consultora refere que este aumento esperado nos preços dos smartphones se deverá refletir “especialmente” nas fabricantes chinesas.

Por Negócios
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