Existem seis tipos diferentes de Covid-19, cada um com os seus sintomas
Conclusão do King's College de Londres

São muitas as questões que continuam por responder quanto à Covid-19. Os sintomas diferem de paciente para paciente, assim como os tratamentos e a recuperação. A resposta pode estar num estudo divulgado no passado mês por investigadores britânicos, que indicam que existem seis tipos diferentes de manifestações do novo coronavírus.
A partir de dados de uma aplicação de rastreio de sintomas da covid-19 usada intensivamente durante os últimos meses, uma equipa da King's College de Londres descobriu que estes seis tipos diferentes de Covid-19 mostraram diferentes graus de infeção, relacionado também com a necessidade do paciente ter ajuda respiratória – como ventiladores – se hospitalizados.
A pré-publicação, ainda não revista, foi feita por cientistas independentes e caracteriza assim os seis tipos diferentes de Covid-19:
Semelhante à gripe mas sem febre
Os sintomas deste tipo incluem dor de cabeça, perda de olfato, dores musculares, tosse, garganta seca, dor no peito.
Semelhante à gripe com febre
Este tipo de Covid-19 é semelhante ao anterior, com a particularidade de causar febre no paciente. Inclui ainda sintomas como dor de cabeça, perda de olfato, tosse, garganta seca, perda de apetite e rouquidão.
Covid-19 gastrointestinal
Este tipo do novo coronavírus afeta mais os pacientes ao nível gastrointestinal, com sintomas a incluírem perda de apetite, diarreia, dor no peito, dor de cabeça, perda de olfato, garganta seca. Pacientes com este tipo de covid-19 não apresentam tosse.
Nível grave I
Um dos tipos mais graves descrito pelo estudo inclui sintomas como fadiga, dor de cabeça, tosse, febre, rouquidão e dor no peito.
Nível grave II
O segundo tipo grave do novo coronavírus inclui sintomas como tonturas, dor de cabeça, dores musculares, perda de apetite, perda de olfato, rouquidão, dor no peito, garganta seca, cansaço, tosse e febre.
Nível grave III
O mais grave dos tipos de Covid-19 inclui sintomas como dores de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, tosse, febre, rouquidão, garganta seca, dores no peito, tonturas, dores musculares, falta de ar, diarreia e dores abdominais.
Os seus resultados, divulgados no portal MedRxiv, são ainda preliminares mas podem ajudar médicos a preverem quais os pacientes que correm maior risco e necessitam de hospitalização. Os pacientes com dos últimos três tipos apresentaram uma maior probabilidade de ter de ser hospitalizados e de necessitar de auxílio para respirar.