Maradona: «Hoje, mais do que nunca, com o presidente Nicolás Maduro»
Juan Guaidó autoproclamou-se na quarta-feira presidente interino da Venezuela






O antigo futebolista argentino Diego Maradona reiterou esta quinta-feira o seu apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, porque nesse país "governa o povo", após o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se ter autoproclamado Presidente interino.
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Juan Guaidó autoproclamou-se na quarta-feira Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.
O engenheiro mecânico de 35 anos tornou-se rapidamente o rosto da oposição venezuelana ao assumir, em 03 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.
Maduro iniciou em 10 de janeiro o seu segundo mandato de seis anos como presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela maior parte da comunidade internacional.
Em 15 de janeiro, numa coluna de opinião publicada no diário norte-americano The Washington Post, Guaidó invocou artigos da Constituição que instam os venezuelanos a rejeitar os regimes que não respeitem os valores democráticos, declarando-se "em condições e disposto a ocupar as funções de Presidente interino com o objetivo de organizar eleições livres e justas".
Os Estados Unidos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e quase toda a América Latina - à exceção de México, Bolívia e Cuba, além da Rússia, China e Turquia, que se mantêm ao lado de Maduro, que consideram ser o Presidente democraticamente eleito da Venezuela -, já reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Por seu lado, a União Europeia defendeu a legitimidade democrática do parlamento venezuelano, sublinhando que "os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo do seu presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados" e instando à "abertura imediata de um processo político que conduza a eleições livres e credíveis, em conformidade com a ordem constitucional".
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.