Em 2013, a irmã mais nova do Papa Francisco despediu-se dele antes de viajar para o conclave, achando que o iria ver de novo
No dia 13 de março de 2013, Maria Elena Bergoglio seguiu a eleição do novo Papa, assim como milhões de pessoas por todo o mundo. Sabia que o seu irmão fazia parte do conclave, mas estava convencida de que não seria ele o eleito, tinha as suas razões.
Até ao momento não tinha havido um Papa da América Latina e sabia que na eleição anterior, apesar de ter recebido 40 votos em uma das rondas, Francisco pediu aos seus apoiantes para votarem no cardeal Joseph Ratzinger, que viria a ser o papa Bento XVI. Foi um gesto de humildade e de convicção que seria recompensado nas eleições de 2013.
Nesse dia de março, enquanto lavava a loiça, ouviu o anúncio de que tinha sido eleito um papa: "Habemus papam". "Assim que ouvi "Jorge Mario", congelei completamente. Nem sequer ouvi o apelido ou o nome que ele tinha escolhido para Papa. Comecei a chorar, inconsolavelmente", contou Maria ao jornal argentino La Nación na altura.
Durante essa entrevista com a publicação, previu que Francisco iria mudar a Igreja pelas suas fortes convicções, que o acompanharam ao longo do seu papado de 12 anos. "Sinto que ele vai provocar uma mudança na Igreja", disse, "não só porque é um homem íntegro, de carácter firme e de convicções admiráveis, mas também porque terá o apoio de todos nós através da oração".
Maria Elena é a única dos quatro irmãos Bergoglio ainda viva. Tem 76 anos, é separada, mãe de dois rapazes, Jorge e José, e uma vez que o seu estado de saúde é delicado, encontra-se sob os cuidados de uma instituição religiosa de Buenos Aires, não é expectável que esteja presente no funeral do irmão, no próximo sábado, em Roma.
No dia em que foi eleito Papa, Jorge Mario ligou-lhe de Roma, relatou o La Nación e a HOLA! Argentina. Foi um telefonema breve onde lhe pediu que informasse o resto da família de que ele estava bem e de que não conseguia falar com todos mas que confiava nela para transmitir a mensagem. Ainda nesse telefonema, combinaram que Maria Elena não iria viajar até Roma para a sua cerimónia de entronização devido ao seu estado de saúde.
Passaram 12 anos desde que o bispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio subiu à varanda da Praça de São Pedro, no Vaticano, os mesmos desde que Maria Elena viu o seu irmão em pessoa pela última vez. Despediu-se de Francisco antes de ele ir para o conclave porque pensava que iria regressar em breve, mas depois de ser eleito, e devido ao seu estado frágil de saúde, os médicos aconselharam contra a realização de voos longos, perdendo a oportunidade de se encontrar uma última vez com o seu irmão.
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira (21), um dia depois do Domingo de Páscoa, o velório começou quarta-feira e vai terminar sexta-feira. O funeral irá decorrer no sábado na Brasília de São Pedro, onde se encontra o seu corpo actualmente. Depois da cerimónia fúnebre, haverá um cortejo que levará o seu corpo até à Basílica de Santa Maria Maior, onde vai ficar sepultado.
Relacionadas
Terramoto deu-se pelas 00h38
Marca anunciou ainda um novo ecossistema de produtos no evento de lançamento
Ator, que interpreta Dominic Toretto na saga, publicou fotografia com o craque
Caso remonta a dezembro do ano passado. Companheira queixa-se de agressão e sequestro
Jovem defesa do Boca Juniors fez confissão aos jornalistas
Avançado uruguaio de 38 anos deve rumar ao Nacional de Montevideo
Estudo mostra que os jogadores têm mais dificuldades em se impor ao saírem muito jovens dos seus países
Belgas e holandeses também perderam