Messi alvo de discriminação no Brasil
Guarda-redes das divisões secundárias do Rio Grande do Norte alvo de chacota... por ser homossexual

Aqueles que consideraram inaceitáveis as declarações do diretor do Colégio Militar sobre a orientação sexual dos alunos daquela instituição deveriam fazer uma incursão pelos escalões secundários do futebol do Rio Grande do Norte, no Brasil, para perceberem que a discriminação e o preconceito não existem apenas no meio militar, mas também no seio do desporto-rei.
A história conta-se em poucas palavras. O modesto Alecrim tem nos seus quadros um guarda-redes, de nome Messi - estranha coincidência -, cujos méritos se desconhecem, mas que, em 2010, assumiu a sua homossexualidade, quando representava o ainda mais modesto Palmeira de Goianinha, de uma cidade com apenas 18.000 habitantes. Assumiu, está assumido! Prosseguiu carreira, mas nunca conseguiu libertar-se do estigma que o tem perseguido ao longo destes anos.
"É lamentável. Toda vez que o nosso guarda-redes ia bater um pontapé-de-baliza, ele era gozado por alguns adeptos. Eu não admito qualquer tipo de preconceito. Todos sabem da condição do Messi, mas não é possível que, em 2016, aconteça uma coisa dessas. Informei ao árbitro, que é a autoridade máxima do jogo. Eu gosto da cidade de Mossoró, o povo daqui sempre recebeu os outros bem, mas quem fez isso com o Messi perdeu meu respeito", garantiu Geilson.