Sismo de magnitude 7 provocou mais de mil mortes em Marrocos e foi sentido em Portugal

IPMA disse que o terramoto foi sentido com intensidade máxima III/IV, na escala de Mercalli modificada

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Câmara de videovigilância capta momentos de pânico durante o sismo em Marrocos

O balanço do terramoto que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite subiu para 1.037 mortos e 1.204 feridos, dos quais 721 "em estado crítico", anunciou hoje o Ministério do Interior marroquino. De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos, o sismo atingiu a magnitude 7,0 na escala de Richter e ocorreu na região de Marraquexe (norte) às 23:11, a uma profundidade de oito quilómetros. O epicentro foi na localidade de Ighil, situada a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Marraquexe.

O forte sismo foi sentido em Portugal e Espanha. Num comunicado, o IPMA disse que o sismo foi sentido com intensidade máxima III/IV, na escala de Mercalli modificada, nos concelhos de Castro Marim, Faro, Loulé, Portimão, Vila Real de Santo António (Faro), Cascais, Lisboa, Torres Vedras, Vila Franca de Xira (Lisboa), Almada, Setúbal e Sines (Setúbal). Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Coimbra, em Albufeira, Olhão, Silves (Faro), Alenquer, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra, Amadora, Odvelas (Lisboa), Santo Tirso, Vila Nova de Gaia (Porto), Santiago do Cacém, Seixal e Sesimbra (Setúbal), acrescentou o instituto.

A escala de Mercalli Modificada mede os "graus de intensidade e respetiva descrição". Quando há uma intensidade IV, considerada moderada, os carros estacionados balançam, as janelas, portas e loiças tremem, e os vidros e loiças chocam ou tilintam, podendo as paredes ou estruturas de madeira ranger, descreve o IPMA.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que regista a atividade sísmica em todo o mundo, o abalo ocorreu às 23:11 de sexta-feira (mesma hora de Lisboa). O epicentro foi na localidade de Ighil, situada 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe. O terramoto ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilómetros, de acordo com a mesma fonte.

O sismo foi sentido também no sul de Espanha, onde o serviço de emergências da Andaluzia registou cerca de 20 chamadas provenientes das províncias de Huelva, Sevilha, Málaga e Jaén. De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.

Através das redes sociais estão a ser divulgados vídeos de edifícios desabados e danificados, incluindo vários edifícios da cidade antiga de Marraquexe, onde os habitantes saíram às ruas em pânico.

Segundo testemunhas citadas pela agência Efe, o tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente.

Sofía Catalá, espanhola que vive no centro de Marraquexe, explicou à Efe que durante o terremoto "o solo começou a mover-se como se fosse um bombardeamento". "Achei que o prédio estava a cair, agora todos estão na rua de pijama", acrescentou.

Minutos depois do terremoto, desde a rua, Catalá indicou que, devido ao tremor, todos os moradores do seu prédio saíram e que grades e outros objetos caíram das varandas, mas acrescentou que não viu nenhum prédio ao seu redor com danos significativos.

Em 24 de fevereiro de 2004, um terremoto de magnitude 6,3 na escala Richter abalou a província de Al Hoceima, 400 quilómetros a nordeste de Rabat, matando 628 pessoas e causando danos materiais significativos.

(notícia atualizada às 15h17, com o aumento do número de mortos)

Por Lusa

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