Pedro Dias e a centralização dos direitos audiovisuais: «Será um momento de transformação relevante»

• Foto: Pedro Ferreira

Pedro Dias, Secretário de Estado do Desporto, registou a "honra enorme" de estar presente no 1.º Congreso do Sp. Braga, sinalizando no seu discurso a estabilidade financeira das organizações, formação de talento, o maximizar a prática da inclusão (futebol feminino e desporto adaptado) e os novos 'stakeholders' no futebol português e europeu.

"Quero cumprimentar todos os que aqui estão, empenhados numa reflexão que será útil, que aponta novos caminhos para uma melhoria contínua das nossas organizações desportivas. Estou seguro que neste congresso temos pessoas apaixonadas pelo desporto, gente que entende e valoriza o fenómeno desportivo enquanto fator de evolução da sociedade. Quem gosta de desporto aprecia com certeza anos como este, em que o Europeu de atletismo, o Europeu de futebol, os Jogos Olímpicos, os Jogos Paralímpicos, o Campeonato Mundial de futsal preenchem o verão", começou por registar o Secretário de Estado do Desporto.

"No programa do Congresso identificamos mais de uma dezena de tópicos de relevância que tocam áreas como a importância dos adeptos no desporto e as tendências geracionais em termos de consumo, a igualdade de oportunidades de prática e de género, os fãs, os adeptos, o digital, a inteligência artificial, a formação desportiva, o planeamento, a estratégia, a responsabilidade social, a sustentabilidade, a titularidade dos direitos de transmissão televisiva e audiovisual, os estáveis do futuro, a segurança. Estamos perante um riquíssimo portfólio de temas para análise, discussão e reflexão. Em jeito de conclusão e atendendo à pertinência da temática, gostaria de destacar alguns dos objetivos estratégicos para a década que foram identificados pela FIFA e pela UEFA, bem como algumas das recomendações de estudos internacionais recentes para nos auxiliar em nosso alinhamento. Aumentar o foco nos adeptos, nos fãs e no seu engagement no digital e na inteligência artificial, estou a referir apenas aos objetivos estratégicos que a FIFA e a UEFA definiram para esta década. A igualdade e a inclusão, a importância de maximizar o potencial da prática feminina e a oferta de prática desportiva para pessoas com deficiência, o facto de o desporto estar no centro da nossa sociedade, quer nas comunidades locais, em ambientes seguros, proporcionando estilos de vida saudável, respeitando os direitos humanos e com elevada responsabilidade social e ambiental. A transformação desportiva dos jovens praticantes nas competições abertas, no equilíbrio das competições, na saúde e no bem-estar dos jogadores. Perseguir uma cultura de sustentabilidade. Para os novos stakeholders do jogo, e no futebol nós temos consciência do que é que estamos a falar, existe uma ferramenta que eles consideram e acreditam muito que maximizará as receitas off the pitch, fora do campo. Os dados. É muito importante para o país ganhar vantagem competitiva nesta área, criando condições estruturais para que o digital contribua de forma consistente e robusta para o aumento das receitas. Naturalmente, o tema da titularidade dos direitos de transmissão televisiva multimédia, que representam nas principais ligas europeias mais de 50 % da receita gerada, é relevante para a sustentabilidade deste mercado no nosso país. Será seguramente um momento de transformação relevante, alinhado com as melhores práticas internacionais, como já aqui foi dito", registou ainda Pedro Dias.

Por João Albuquerque

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