Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), recebeu na última sexta-feira a APAF em reunião "com carácter de urgência". De acordo com o comunicado publicado esta segunda-feira pela APAF, "em cima da mesa esteve a discussão do ambiente vivido atualmente no futebol profissional em Portugal".
Depois desta reunião, as noites de sábado e domingo voltaram a ficar marcadas por algumas decisões de arbitragem polémicas, sobretudo no Santa Clara-Sporting (1-2) e no Benfica-Casa Pia (2-2). Relativamente ao encontro de ontem no Estádio da Luz, Rui Costa, presidente das águias, mostrou-se indignado com a arbitragem do jogo, principalmente com o penálti assinalado por susposta falta de António Silva.
"Hoje [domingo] tivemos mais uma prova de como o futebol português está doente. Não fugindo às nossas responsabilidades, mas um penálti destes é não conhecer as regras do jogo. Já chega disto, este fim de semana representa o que está a ser o futebol português. Hoje um penálti contra a lei do jogo. Não fugimos às nossas responsabilidades, a equipa tem de querer muito mais, mas é inadmissível ser dado um penálti como este que reabre o jogo. Não é duvidoso, é muito claro. A lei é clara. Este fim de semana representa aquilo que é o futebol português", disse o líder dos encarnados, que de seguida também comentou o lance polémico que esteve na origem do golo de Hjulmand nos descontos do Santa Clara-Sporting (1-2): "Ontem [sábado] houve um canto fantasma, de um pontapé de baliza que deu em canto e deu em golo e hoje houve um penálti contra as leis do jogo que reabre um jogo que estava 2-0. Os jogadores têm de querer muito mais, mas não é aceitável que isto aconteça. A bola vai ao braço e depois vai ao peito e a lei é muito clara sobre este tipo de situações. Não é uma situação sequer duvidosa. O árbitro até pode avaliar mal no momento, mas o VAR não pode e já são muitos episódios."
Leia o comunicado na íntegra:
"A Direção da APAF, representada pelo presidente José Borges e o vice-presidente Nuno Silva, foi recebida, com carácter de urgência, pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença.
Em cima da mesa esteve a discussão do ambiente vivido atualmente no futebol profissional em Portugal, com o aumento do número de episódios de pressão sobre os árbitros, assim como o aumento do sentimento de impunidade existente em quem tem responsabilidades no futebol português - mas que continua a optar por um discurso atentatório da dignidade dos árbitros.
Na reunião, a APAF manifestou a intenção de apresentar um conjunto de medidas que os árbitros portugueses pretendem ver implementadas no Regulamento Disciplinar das competições profissionais.
No encontro também marcaram presença Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF e Rui Caeiro, Diretor da FPF", pode ler-se.
[Notícia atualizada às 16h27]
Por Record