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«Pedia, por amor de Deus, para arbitrar os jogos em vez de jogar»

Victor Gomes, árbitro da África do Sul e com pais madeirenses, vai estar no Mundial do Qatar

• Foto: Hélder Santos
Victor Gomes integra a lista de árbitros selecionados pela FIFA para o Mundial do Qatar, a partir de novembro próximo. É natural da África do Sul, mas filhos de pais madeirenses, naturais de Santo António (no Funchal), a mesma freguesia que viu nascer Cristiano Ronaldo.

Aos 39 anos, prepara-se para se estrear em fases finais de Mundiais, sendo que em 2022 já dirigiu a final da CAN entre Senegal e Egito e ainda a final da Liga dos Campeões de África, entre os egípcios do Al Ahly e os marroquinos do Wydad Casablanca. Recentemente voltou à Madeira, a convite do Marítimo, para arbitrar o duelo dos verde-rubros com o Santa Clara, tendo por essa altura sido recebido, inclusive, em audiência pelo Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

Em entrevista concedida ao Diário de Notícias da Madeira, publicada esta quinta-feira, Victor Gomes falou um pouco do seu percurso e da forma como a arbitragem surgiu na sua vida.

"Foi aos 14 anos, quando comecei a jogar à bola. Na altura jogava numa eqiupa na África do Sul e o treinador colocava-me a defesa-direito, mas rapidamente percebi que não tinha muita habilidade ao ponto de lhe pedir, por amor de Deus, para arbitrar os jogos em vez de jogar, porque sabia que não jogava mesmo nada. Foi assim que começou o gosto pela arbitragem", contou Victor Gomes.

"A final da CAN foi um orgulho muito grande para mim. E no mês passado estive na [final da]  Champions League de África, que também foi um marco muito importante. Não posso esquecer que vir à Madeira e arbitrar um jogo na terra dos meus pais foi muito sentimental", disse o árbitro, sem colocar fasquias quanto ao número de jogos a arbitrar no Mundial do Qatar.

"Não coloco o objetivo nesse patamar. O importante, se for chamado, é apitar bem, com qualidade e representar bem os árbitros do continente africano. É por eles que também lá estarei", disse.

Uma coisa é certa: não poderá arbitrar jogos da Seleção de Portugal. "Não poderei ser nomeado. A FIFA sabe que tenho dupla nacionalidade e isso impede-me de que o possa fazer", esclareceu Victor Gomes.
Por Record
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