Um email enviado por Guilherme Pinheiro, adminstrador da Sporting SAD, a Nélio Lucas, CEO da Doyen Sports, revela que os leões estavam disponíveis para vender vários jogadores no defeso de 2014/15. Um deles era Rui Patrício, que poderia sair por 9 milhões de euros líquidos e até já tinha um substituto: o grego Orestis Karnezis.
O extracto do referido documento está no acórdão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) que decidiu o caso Rojo, que opõs o clube de Alvalade à Doyen. O email foi enviado a 24 de maio de 2014 e, nele, pode ler-se o seguinte:
"[relativamente às] transações discutidas, de forma a fechar a comprar de Orestis Karnezis por 4 M€, (...) temos, antes, que completar algumas outras transações:
1) Transferência de Rui Patrício com uma parte para o Sporting de 9 M€ líquidos (...);
2) Transferência de Eric Dier por 10 M€ líquidos;
3) Transferência de Rojo com uma parte de 7 M€ a ser partilhada entre SCP (5,6 M€) e Spartak (1,4 M€), tendo o fundo que resolver toda a situação;
4) Transferência de Carrillo por 8 M€ líquidos;
5) Transferência de Capel por 8 M€ líquidos;
6) [Transferência de] Insúa (...) o Sporting aceita reduzir o preço de 10 M€ para 5,5 M€;"
O email termina com Guilherme Pinheiro a pedir uma "resposta rápida" de forma a que estas transferências "possam ser fechadas dentro dos prazos pretendidos".
De acordo com as testemunhas apresentadas pelo Sporting no TAS, entre as quais o próprio Bruno de Carvalho, dois meses mais tarde os leões terão comunicado a Carlos Gonçalves, empresário de Rojo, bem como à Doyen, que já não pretendiam negociar o passe do defesa argentino, retirando ao fundo a autorização para lhe procurar um clube.
A Doyen negou esta versão perante os juízes, garantindo "nunca ter sido informada pelo Sporting da sua vontade de manter o jogador". O Sporting "continuou a insistir que todas as partes envolvidas continuassem a promover a transferências de Rojo", refere o testemunho da empresa.
O júri, constituído por três juízes, acabou por dar razão à empresa. No ponto 279 da decisão, pode ler-se que "o Sporting não demonstrou de forma convincente que inequivocamente pediu à Doyen para parar de procurar propostas para Rojo". Pelo contrário, ficou provado que "não se opôs firmemente ao facto de a Doyen continuou à procura de ofertas mais altas".
"Na falta de uma revogação clara, a Doyen tinha o direito de continuar a procurar melhores condições de transferência", pode ler-se no ponto 280.
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