Não tem sido um ano fácil para a Académica. Após a queda na 2ª Liga, depois de 14 anos entre a elite, o clube foi obrigado a profunda reestruturação, que passou também pela mudança diretiva, com a saída de José Eduardo Simões e a entrada de Paulo Almeida, entretanto substituído por Pedro Roxo. Se ao nível organizacional a situação tem sido de mudanças, em campo não tem sido diferente.

No início de época, os estudantes colocaram-se nos lugares cimeiros, algo que se manteve durante algum tempo. A primeira volta terminou, com efeito, com o clube em 4º lugar, à espera de um deslize do Aves, que... aconteceu.

Só que a equipa caiu a pique na segunda volta do campeonato. De tal forma que, neste momento, a luta seria para... não descer. Neste período, a Académica somou apenas 20 pontos, tantos quantos o Freamunde, o que colocaria as duas equipas em zona de playoff de descida. Só Olhanense (12), Vizela (16), Cova da Piedade (17) e Fafe (17) fizeram pior.

Da melhor defesa ao défice ofensivo

O ano dos estudantes tem sido de profundos contrastes. A provar esta ideia está, também, a enorme diferença entre a produção ofensiva e o desempenho defensivo da Académica. Ao fim de 39 jornadas, a Briosa sofreu apenas 33 golos, o que faz com que seja, neste momento, a defesa menos batida do campeonato da 2.ª Liga. Contudo, o registo ofensivo não acompanhou esta tendência bem positiva, uma vez que os adeptos só tiveram o prazer de festejar golos em 37 ocasiões. Apenas mais 4 vezes do que o Vizela, que tem, por agora, o pior ataque do campeonato.