Siga o nosso canal de WhatsApp e fique a par das principais notícias. Seguir

'Vice' do Marítimo diz ter sido agredido por Carlos Pereira: «Deu-me um soco na boca»

Antigo presidente nega acusações de André Ladeira. Direção do clube pede punição para agressor

O Marítimo reagiu esta terça-feira, em comunicado, a uma agressão que o vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, André Ladeira, disse ter sido vítima, no Centro Comercial Fórum Madeira, por volta das 10 horas, por parte do ex-presidente Carlos Pereira.

"O Club Sport Marítimo repudia a agressão de que foi vítima André Ladeira, vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral. A violência, verbal ou física, é execrável e qualquer vestígio dela tem de ser combatido e expurgado de uma sociedade que se quer digna. O Clube Sport Marítimo manifesta total solidariedade para com André Ladeira e disponibilizará todos os meios para que a Justiça seja feita e o agressor exemplarmente punido", pode ler-se.

André Ladeira contou ao Record a sua versão do sucedido, confirmando que já apresentou queixa na esquadra da PSP do Funchal. Quarta-feira, irá dirigir-se ao Centro de Medicina Legal, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, para efetuar os exames necessários.

"Primeiro dei conta da ocorrência no estabelecimento do Fórum Madeira, falei com o diretor de segurança, contei-lhe o que se passou e pedi-lhe para guardar as imagens. Ele disse que iria fazer o que tinha a fazer, tomando conta da ocorrência interna", começou por dizer, prosseguindo: "Fui à PSP e formalizei uma queixa crime contra o senhor Carlos Pereira, explicando os factos, o que aconteceu e fiz um requerimento para que fosse feito um levantamento interno, com as imagens de videovigilância da zona onde aconteceram as agressões".

"Bebi café na zona da Sport Zone e quanfo comecei a descer, a meio das escadas do piso 1 para o piso zero, senti uma agressão no pescoço. Quando me virei para perceber o que se estava a passar, vejo o senhor Carlos Pereira, que vinha com a mulher e mais duas senhoras. Nem sequer me deu tempo de falar e começou a questionar-me: 'Então? Agora não falas? Levanta a cabeça!'. E eu respondi: 'Falo. Não precisa de me bater para falar comigo'. Ele respondeu: 'Não te bati e estendeu-me a mão para me cumprimentar, o que achei estranho, pois não tenho nenhuma afinidade em termos sociais. Conheço por ser a figura pública que foi enquanto presidente do Marítimo".

O atual elemento da direção liderada por Rui Fontes continuou a narrar os factos: "As pessoas que estavam com ele afastaram-se para o lado, no final das escadas rolantes, enquanto ele continuou atrás de mim a questionar: 'Agora não escreves? Agora já não falas?? Não é fácil. Fiquei de frente para ele, com a zona vazia, pois eram 10h15 da manhã, as lojas estavam vazias a abrir. Eu disse-lhe que aquilo que escrevo ou digo - quer seja no jornal, televisão ou rádio - é um problema meu e não dele. Ninguém vai me proibir de escrever o que tenho de escrever. Nesse momento, ele ataca-me e dá-me um soco na boca, na zona lateral esquerda. Afastei-me e fiquei atónito. Não há aqui qualquer injúria entre os dois. Ele afastou-se com medo que eu reagisse. Questionei: 'Você está maluco? Porque é que me está a agredir? Não pode fazer isto!? Estas foram as minhas palavras".

"Como não reagi, voltou-se para mim e disse: 'Sempre que te apanhar, vou-te dar até ao céu da boca' e manda-me um soco. Só que já estava à espera, desviei-me e ele acertou nos fios dos auriculares, arracando-os. E foi-se embora. Não consegui arranjar testemunhas, pois não havia ninguém a passar naquela zona do centro. Isto não foi mais de um minuto e meio ou dois minutos."

«Já fez isto a mais pessoas»

André Ladeira revelou quue já existiram outros episódios semelhante. "Já tinha feito isto com outras pessoas da direção do Marítimo. Ao Marco Fernandes também tentou fazer a mesma coisa, mas não chegou a vias de facto pois estava num local com mais pessoas. Com o Dr. Eugénio Mendonça, também tentou, mas ele afastou-o e não aconteceu nada. Hoje, não sei o que lhe passou pela cabeça! Não tem a ver com questões da descida do Marítimo, mas sim o facto de ter sido comentador desportivo e fazer crónicas sobre o Marítimo. Somos os mais visados por ele, pois estávamos ligados à imprensa e o senhor acha que é impugne. Está munido de uma falsa sensação de impunidade. Já formalizei a queixa e o processo vai andar até onde tiver que andar."

"O desfecho do processo? Não quero dinheiro. Quero que aquele senhor perceba uma coisa: não é impune e não pode fazer este tipo de abordagens, seja a quem for. Não sei o que estava à espera? Se esperava que eu fosse reagir, falhou, por vários motivos", continuou.

Carlos Pereira nega qualquer agressão

O nosso jornal chegou à fala com Carlos Pereira, que negou qualquer agressão ao atual dirigente maritimista, afirmando ter testemunhas dos factos ocorridos, pois estava acompanhado pela mulher e mais pessoas.

"É falso que o tenha agredido. Na descida da escada rolante, estava mesmo à minha frente e fingia que não me via. Toquei-lhe nas costas, não o agredi, chamei-o e disse-lhe para me cumprimentar, o que fez . Em seguida perguntei: 'Então, agora já não tens nada para me dizer ou escrever?' Difícil, não é? Mas foram 24 anos na Primeira Liga, um complexo desportivo e um estádio. Não gostou? Paciência! Também tive muita paciência para andar a ouvir muita coisa. Tudo não passou de uma troca de palavras com um neto de um amigo vizinho e cabo do mar", garantiu.

Por João Manuel Fernandes
5
Deixe o seu comentário

Últimas Notícias

Notícias
Subscreva a newsletter

e receba as noticias em primeira mão

ver exemplo

Ultimas de Marítimo

Notícias

Notícias Mais Vistas