O Louletano eliminou (3-1) domingo o V. Setúbal da Taça de Portugal. A vitória dos algarvios foi justa, pois premiou a equipa que melhor aproveitou as oportunidades que criou, enquanto do outro lado esteve uma formação que nunca se aplicou a fundo, pelo que teve o castigo que mereceu.
Mas os sadinos entraram melhor, controlando o meio campo e procurando as faixas laterais, com Paulo Ferreira e Marquinhos a terem algumas facilidades para centrar. Num desses centros (8) o central Pedro Pereira atrapalhou-se, permitiu a intromissão de João Paulo e... golo.
Assim que se encontraram a perder, os jogadores do Louletano soltaram-se e foram para a frente. Apesar da fraca qualidade do futebol que exibiam, conseguiram empurrar os setubalenses para a defesa. E bem podiam ter chegado ao empate antes do intervalo, caso Cannigia (10, 28 e 39) tivesse a pontaria afinada.
Na segunda parte, o Louletano continuou a pressionar e demorou cinco minutos a empatar, por Luís Canhoto, após livre do irrequieto Cannigia. O V. Setúbal reagiu de imediato e criou duas boas ocasiões (51 e 54), desperdiçadas por Rui Miguel. Mas os locais não se atemorizaram, respondendo com ataques aos ataques dos sadinos. E no minuto 55, na melhor jogada do encontro, desfizeram a igualdade, por Zezinho, num lance em que também participaram Sufrim e Luís Canhoto.
Nos derradeiros instantes de um jogo bem dirigido por Jacinto Paixão, o V. Setúbal atacou de forma atabalhoada. O Louletano apostou no contra-ataque e, a um minuto do fim, Caniggia apontou o terceiro tento, de grande penalidade, a castigar falta de Nélson Veiga a Calu.
Miguel Fernandes (treinador do Louletano): "Na segunda parte perdemos os complexos de defrontarmos uma equipa superior e acabámos por merecer a vitória. Agora que venha um grande."
Jorge Jesus (treinador do V. Setúbal): "Houve Taça, num jogo que temos de recordar. Queríamos seguir em frente, mas a equipa não rendeu o que lhe é habitual."