Toda a gente sabe, muitos viram, mas ninguém escreve. Os jogos do
Clube de Futebol Canelas 2010, participante no Campeonato D’Elite Pro-Nacional, da Associação de Futebol do Porto, viraram caso nacional desde a época passada, depois da divulgação de vídeos com lances violentos protagonizados pela equipa onde é goleador Fernando Madureira, o líder dos Super Dragões, mas nada acontece, disciplinarmente, porque os árbitros continuam a nada escrever nos relatórios. Tal como os delegados e os membros das forças policiais destacados.
Apesar de a AF Porto, presidida por Lourenço Pinto, ter solicitado ao Conselho de Disciplina "a possível urgência na apreciação de todos os elementos remetidos e elaborados, respetivamente, pelos árbitros dos jogos, pelos delegados nomeados pela AFP, pela força policial, e ainda das notícias dadas à estampa pela comunicação social", como se lê num comunicado publicado no site da associação, a propósito dos jogos com o Canelas, a verdade é que não tem havido matéria de facto relevante para julgar.
A AF Porto já tinha decidido que em todos os jogos do Canelas deveriam marcar presença "um membro da Direção", mais "três delegados nomeados pela Direção da AFP". O organismo também requereu "a presença (...) de uma equipa de arbitragem pertencente aos quadros nacionais" e que fosse requisitado um contingente policial adequado "para a boa manutenção da Ordem Pública e da segurança das pessoas".
Por António Varela e Ricardo Vasconcelos