Depois da saída do Olympiacos, na Grécia, que aconteceu há pouco mais de um mês, Carlos Carvalhal diz ter recebido vários convites para voltar a treinar, mas preferiu esperar por iniciar um projeto de início. "Já recebi vários convites, de diferentes latitudes, mas também entendo que às vezes é preferível parar um pouco e começar algo de novo e do zero. Essa é a minha determinação", sublinhou o técnico, que falou à margem da sua participação enquanto orador, no 12.º Fórum da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, que decorre esta segunda e terça-feira em Viseu.

No pensamento de Carvalhal estão os bons trabalhos realizados no "Rio Ave, Sp. Braga e no Celta de Vigo, em termos desportivos e financeiros". Por isso, o treinador quer repetir a mesma receita. "Começando do zero, as coisas, em princípio, correm melhor. Se é em Portugal ou no estrangeiro? A minha determinação é ficar na Europa, num bom campeonato e tentar fazer um bom trabalho", atirou.

De olho na seleção

Com mais tempo para observar jogos em Portugal e em Espanha, Carlos Carvalhal olhou ainda para o que de bom o novo selecionador nacional tem feito. "Francisco Conceição e Jota? Fico contente. Sem puxar a brasa à minha sardinha, mas é muita da nossa matriz. No Rio Ave foram 4 ou 5 jovens, no Sp. Braga 17, e no Celta de Vigo também estreamos 4 ou 5. Roberto Martinez tem feito um trabalho excelente. Fernando Santos fez um ciclo absolutamente fantástico. Os jovens nunca nos deixam ficar mal. Penso que temos uma seleção de nível mundial", analisou, defendendo, mesmo, que Portugal não tem que ter medo de assumir que pode vencer seja contra quem for. "Temos jogadores melhores campeonatos, com diversas opções para cada posição e com um bom selecionador, que já conheço há muito tempo. Jogando contra quem for, seja Brasil, França ou Espanha, jogamos olhos nos olhos", afirmou.