Cristiano Ronaldo: «Se pudesse, jogava só pela Seleção, não jogava por mais nenhum clube»

Capitão da equipa nacional recebeu Globo Prestígio

Cristiano Ronaldo recebe prémio e reforça paixão pela Seleção Nacional
Cristiano Ronaldo recebe prémio e reforça paixão pela Seleção Nacional • Foto: X/Canal 11

Agraciado na gala com o Globo Prestígio, Cristiano Ronaldo puxou da boa disposição no discurso de agradecimento, mas também reforçou o sentimento especial que tem ao vestir a camisola da Seleção Nacional.

"Tenho alguns troféus em casa, mas tenho que dizer que este é especial e bonito. Bom, o quê que eu vou dizer? Acho que já foi tudo dito. Tenho que vos confessar que hoje à tarde estava na mesa a estudar o que iria dizer neste discurso. Pensava eu: 'O que é um Prémio Prestígio'? Será que é um prémio de final de carreira' e fiquei um pouco nervoso e pensei: 'Não pode ser'. Então fui fazer uma pesquisa no Perplexity, se não sabem, depois pesquisem para ver o que é, e tive uma pequena ajuda. Mas falando agora de coisas sérias, este troféu para mim é um motivo de grande orgulho. Não vejo este troféu como um fim de uma carreira mas sim o continuar, por tudo o que eu fiz, por toda a minha carreira. Tenho 22 anos de Seleção, acho que isso fala por si mesmo, a paixão que eu tenho de vestir a camisola, de ganhar troféus, de jogar pela Seleção. Até digo muitas vezes: se pudesse, jogava futebol só pela Seleção, não jogava por mais nenhum clube porque é o culminar e o auge de um jogador de futebol", começou por dizer.

"É por isso que eu continuo aqui, quero agradecer a todos os que estão aqui. Tantas gerações que já passaram pela Seleção. Vejo aqui tantos ex-jogadores que foram colegas meus. Vejo aqui o Rui, o Pepe, o Jorge Andrade, o Beto, o Quaresma... e vendo-os digo: 'Ainda ando aqui'. Sei que já devem estar fartos de ainda me ver aqui, nestas cerimónias. Mas acho que ainda continuo a aportar muita coisa à Seleção e ao futebol. Quero continuar a jogar por alguns anos, não muitos, tenho de ser sincero. Quero agradecer a todos os meus companheiros, por ter aprendido com todos eles - e mesmo com esta geração mais nova também. Para mim, é um privilégio estar convosco. O nosso objetivo é vencer já os dois próximos jogos e estar no Mundial. O Mundial logo se verá. Temos de pensar única e exclusivamente no presente, mas com o pensamento lá à frente. Seria um sonho. Mas passo a passo. Dar os parabéns a todos os vencedores, ao desporto feminino, que muito tem feito, ao presidente pela gala e a todas as pessoas que estão cá. E acho que já chega. Boa noite a todos."

Depois da gala, ao Canal 11, o capitão da Seleção Nacional voltou a falar do Mundial e também do prémio que conquistou.

"É pensar no presente, jogo a jogo, obviamente que o nosso objetivo é ir ao Mundial e também ganhar, como todos queremos, mas é preciso ir fase a fase. Temos agora estes dois jogos. Mas é como o míster Roberto Martínez disse hoje na palestra: é desfrutar do momento. Temos dois jogos em casa, com o nosso público. Sabemos que, quando jogamos em casa, somos uma seleção muito forte porque os adeptos portugueses são mesmo... Como eu disse no palco, estou há tantos anos na Seleção e para mim é um orgulho jogar na Seleção porque sinto esse apoio dos portugueses. Estão sempre do nosso lado, independentemente se o jogo está para o bem ou mal. Ajudam-nos sempre. Acredito que estes dois jogos vão correr-nos bem, vamos ganhar e vamos qualificar-nos para o Mundial."

O prémio prestígio

"Foi o que eu disse no palco e fui fazer uma pesquisa: não é um prémio de final de carreira. Não. Eu vejo-o como o prémio do esforço, dedicação, trabalho, ambição, de conquistar coisas e de ajudar as gerações - e eles a mim, para que eu possa manter o meu nível de excelência e estar sempre preparado para competir com eles, até porque há diferença de idades e não há como esconder. Mas é bom. Dá-nos pica. Ainda tenho paixão por isto. A minha família diz que já está na hora de deixar e perguntam-me porquê que eu quero fazer 1000 golos se já fiz 900 e tal. Mas no meu interior eu não penso assim. Ainda estou a produzir coisas boas, estou a ajudar o meu clube e a Seleção. Por que não continuar? Tenho a certeza que quando acabar que vou sair pleno porque dei tudo de mim. É desfrutar do momento. Sei que não tenho muitos mais anos para jogar, mas o pouco que eu tenho ou o pouco que eu tenho, eu tenho desfrutar ao máximo."

Os objetivos ainda a atingir nesta reta final da carreira

"Vou-lhe ser sincero: não vejo como uma obsessão. Se me perguntasse há 20 anos, se calhar respondia de maneira diferente, de querer comer o mundo, mas agora já não vejo as coisas assim. A idade também permite-nos pensar de maneira diferente. É como eu disse, tenho uma filosofia de vida de viver o dia a dia. No dia a dia as coisas mudam num momento. Não dá para fazer planos a longo prazo. Neste momento, faço planos a curto prazo porque dá mais pica assim, mais vontade de viver. Desfruto dia a dia, treino a treino e competição a competição. Depois, lá à frente, logo se verá."

Por Record
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