Pedro Proença toma posse com novidades nas horas dos jogos e nos preços dos bilhetes

Avança para o 3.º e último mandato na liderança da Liga Portugal

• Foto: Lusa
Pedro Proença tomou posse como presidente da Liga Portugal, pelo 3.º mandato consecutivo, na tarde desta terça-feira. No seu discurso, o líder do organismo abordou as ideias gerais do seu projeto, deixando desde logo algumas garantias do interesse dos adeptos.

"Posso desde já anunciar que, em 2023/24, nenhum jogo começará após as 20h45 nos dias úteis. E que baixaremos substancialmente o valor máximo dos ingressos, uma redução que pode atingir os 50 por cento. São apenas duas das medidas num plano de ação extenso, mas que mostram bem o empenho com que estamos a encarar este tema", referiu Pedro Proença, recordando que o adepto de futebol é a referência do primeiro de sete grandes desafios identificados pela sua direção: "O adepto como eixo central do espetáculo desportivo; a valorização e capacitação dos agentes desportivos; a valorização das competições profissionais; A Liga Portugal como agente central de crescimento do futebol profissional em Portugal; a internacionalização da marca Liga Portugal; a centralização dos direitos audiovisuais; a diminuição dos custos de contexto do futebol profissional."

Na visão do dirigente, o futebol português atravessa um "momento definidor". "Definidor daquilo que somos e definidor daquilo que queremos ser. E juntos encaramo-lo de frente, com ambição, entusiasmo e união. Porque, estou absolutamente seguro disso, juntos construiremos história. O primeiro passo para o sucesso que todos ambicionamos é sermos capazes de antecipar aquilo que os próximos anos nos reservam", adiantou, reiterando a ideia de "tornar o adepto no eixo central de todas as nossas decisões": "Uma das nossas metas continuará a ser promover o regresso das famílias aos estádios. Não vamos, é uma garantia que vos deixo, abdicar desse objetivo."

Pedro Proença valorizou as mudanças registadas ao longo dos anos na estrutura da Liga Portugal, indicando por exemplo, a profissionalização da Comissão de Instrutores, com resultados à vista: "Posso anunciar hoje, que este plano permitiu a diminuição do prazo médio de Instrução dos processos disciplinares de 88 dias, no início da época 22/23, para 24 dias no seu final. Um resultado de que muito nos orgulhamos", disse, apontando depois a outra necessidade nacional: "É vital que recuperemos o 6.º lugar do ranking europeu. Trata-se de um objetivo fundamental para a sustentabilidade do futebol profissional português. Por isso não baixaremos os braços enquanto não nos forem concedidas todas as condições para que possamos competir em plano de igualdade com aqueles que são os nossos concorrentes a nível internacional. Garantir para o futebol profissional um enquadramento fiscal mais justo e competitivo será uma das grandes apostas deste mandato. Porque é essencial para a sustentabilidade dos clubes. E porque é uma questão de justiça.

Preparado para "lutar por um enquadramento legal mais atrativo ao investimento, que permita às sociedades desportivas encontrarem fontes de receita e financiamento credíveis e idóneas", o dirigente lembrou que "estamos, também, na antecâmara da Centralização dos Direitos Audiovisuais", um processo de importância vital para o futuro do futebol profissional: "Este é, que ninguém coloque isso em causa, um processo sem retorno. Um processo que nos obrigará a trabalhar sobre a qualidade do nosso produto. Estamos, por isso, a preparar uma revisão geral dos regulamentos da Liga Portugal, na qual incluiremos um novo regulamento audiovisual e de um regulamento de controlo económico.  Para que as receitas provenientes desta nova realidade sejam canalizadas para impulsionar os verdadeiros fatores de competitividade das nossas equipas. De forma regulada, controlada e monitorizada."

Por fim, reiterando a ideia já anunciada de que este será o seu "último mandato na presidência da Liga Portugal", Pedro Proença lembrou também que procurará reformular os Estatutos para "neles incluir o tema da limitação de mandatos, porque nenhum poder, por mais escrutinado, bem-sucedido ou elogiado que seja, se deve eternizar". A cerimónia teve lugar na nova Arena Liga Portugal, a nova sede da Liga, no Porto, ainda em obras, mas "a crescer em ritmo acelerado e sem derrapagens orçamentais", assinalou Proença.
Por António Mendes
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