Marco Pêba voltou a apresentar a demissão do cargo de presidente do Sporting da Covilhã. O pedido foi formalizado na noite de segunda-feira, através de uma carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Francisco Moreira, que confirmou o pedido e remeteu mais esclarecimentos para uma conferência de imprensa que deve ser convocada para esta quarta-feira.

Na primeira vez que tentou a demissão, em dezembro do ano passado, o pedido não foi aceite pela MAG e Marco Pêba permaneceu em funções, mas desta vez, garante, a decisão não tem retorno.

"Estou desiludido e magoado com alguns dos meus colegas de direção que pediram demissão, nomeadamente os vices-presidentes, pois não esperava. E comigo próprio, pois descurei a parte desportiva em detrimento da gestão neste ano e meio de mandato. Os adeptos podem dizer o que quiserem, mas não é fácil gerir um clube como este. Aprendi muito neste ano e meio, como presidente, e não é fácil presidir um clube sem dinheiro e a conviver com o futebol atual”, diz ao nosso jornal o dirigente.

“Não somos SAD, mas também não devemos nada a ninguém. Temos tudo em dia com o Fisco, Segurança Social, jogadores e treinadores. E o que devemos a fornecedores está a ser pago religiosamente, mês a mês. Desta vez, é irreversível a decisão. Vou sair, passarei a ser apenas adepto e sócio do Sp. Covilhã. A direção ainda tem quorum e vou aguardar pela decisão do presidente da MAG. A bem do clube, de mim e da minha família, assim decidi. Em caso de eleições antecipadas, não irei recandidatar-me, nem fazer parte de nenhuma lista”, acrescenta Marco Pêba, que assumiu o cargo em janeiro de 2024, sucedendo ao malogrado José Mendes.

Marco Pêba sai com o Sp. Covilhã no 10º e último lugar da Série B da Liga 3 e na 4ª eliminatória da Taça de Portugal, na qual vai receber o Lusitano de Évora.