O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) exigiu esta sexta-feira punição para os autores do apedrejamento ao autocarro da equipa do Benfica, que "mancham, de novo a imagem do futebol", apelando à "ação implacável do Estado".
"Foi com enorme tristeza e indignação que tomei conhecimento do inaceitável ato de violência que atingiu o Benfica e os seus atletas. A FPF confia que as autoridades policiais encontrarão, no mais curto espaço de tempo possível, os responsáveis pelo ato bárbaro e cobarde de ontem [na quinta-feira] - o apedrejamento do autocarro do Benfica em andamento - e exige que os autores deste crime não passem impunes", lê-se no comunicado assinado por Fernando Gomes.
"Os atos ocorridos ontem, sejamos claros, mancham, de novo a imagem do futebol. Mas, no essencial, responsabilizam aqueles que arremessaram as pedras, motivados pelo ódio. Essas pessoas não são do futebol, não gostam do futebol e têm de ser expulsas do futebol", considera. Comunicado
Foi com enorme tristeza e indignação que tomei conhecimento do inaceitável ato de violência que atingiu o SL Benfica e os seus atletas.
A FPF confia que as autoridades policiais encontrarão, no mais curto espaço de tempo possível, os responsáveis pelo ato bárbaro e cobarde de ontem – o apedrejamento do autocarro do SL Benfica em andamento – e exige que os autores deste crime não passem impunes.
Atacar, pela calada da noite, com a mão escondida, atletas, equipa técnica, staff e dirigentes de um clube exige uma resposta à altura de todos os que amam o futebol e que se sentem revoltados por este tipo de comportamentos.
O futebol, ao longo de semanas, uniu-se e sacrificou-se para conseguir garantir a retoma de uma parte essencial da sua atividade. Exemplares na forma como seguiram todas as indicações das autoridades sanitárias e governamentais, os clubes nacionais voltaram a proporcionar uma enorme alegria aos seus adeptos que ansiavam, porque o futebol também é importante nas suas vidas, o regresso a uma competição que é, em si mesma, crucial para a recuperação desportiva, financeira e económica e social de todos os agentes do futebol.
Os atos ocorridos ontem, sejamos claros, mancham, de novo a imagem do futebol. Mas, no essencial, responsabilizam aqueles que arremessaram as pedras, motivados pelo ódio. Essas pessoas não são do futebol, não gostam do futebol e têm de ser expulsas do futebol.
Como já afirmei em outros momentos infelizes, o futebol precisa da ação implacável do Estado nestas ocasiões. O futebol precisa da vossa ajuda para se poder regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e económicas.
Dirijo uma última palavra de solidariedade aos técnicos e particularmente aos atletas duramente atingidos pelos incidentes de ontem. Envio-vos, em nome da FPF e de todo o futebol português, os meus votos de que rapidamente possam recuperar das agressões que foram alvo para que voltem a fazer aquilo que mais gostam de fazer e que tanto significa para nós – jogar futebol.