João Gabriel contesta os novos estatutos do Benfica: «São uma obra acéfala»

Luís Filipe Vieira quer João Gabriel de volta ao Benfica se for eleito
• Foto: Fernando Ferreira

No dia em que foi divulgado o Regulamento Eleitoral do Benfica, João Gabriel, que irá trabalhar no Benfica se Luís Filipe Vieira voltar à presidência, acusou candidatos de apresentarem uma "contradição gritante" e referiu que é necessário encontrar alternativas para todos os sócios poderem votar se existem dúvidas em torno do voto eletrónico. De resto, João Gabriel qualificou como "uma acefalia" os novos estatutos do clube.

"Os novos estatutos são uma obra acéfala que vai trazer uma ingovernabilidade permanente e vão balcanizar o SL Benfica. A estabilidade é algo fundamental na construção de um projeto de sucesso em qualquer clube. Algo que vamos perder! É a democracia a funcionar, dirão! Mas será mesmo assim?", questionou, lembrando a adesão a essa votação. "Temos 186 mil sócios com capacidade eleitoral, votaram favoravelmente os novos estatutos cerca de 7.499 sócios, ou seja, esta alteração estatutária foi decidida por cerca de 4,03% dos sócios. 96%, por impossibilidade física, por não poderem viajar até Lisboa para participar e votar, ficaram de fora de uma decisão que vai marcar, pelo menos, a próxima década do Clube", frisou.

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Perante este contexto, importa lembrar que a votação dos anteriores estatutos tinha acontecido em 2010, na presidência de Luís Filipe Vieira, com o voto favorável de uma maioria de mais de uma centena de sócios.

Ao abordar a questão do voto eletrónico, João Gabriel questionou os candidatos. "Muitos têm sublinhado, nas suas intervenções e propostas, a centralidade dos sócios na vida do clube, destacando a necessidade de valorizar o seu papel, de dar-lhes relevância. Contudo, há aqui uma contradição gritante: como podem defender o papel dos sócios enquanto, ao mesmo tempo, lhes restringem o acesso às urnas no ato eleitoral que se avizinha?", interrogou.

Nesse sentido, o antigo diretor de comunicação dos encarnados entende que tem de se encontrar uma outra fórmula que permita a todos os sócios com capacidade eleitoral poderem votar por correspondência, tal como se faz nas eleições legislativas! Nestas eleições e em todas as AG’s relevantes com impacto no futuro do Clube", argumentou, lembrando os investimentos do Benfica. "Um clube que consegue gastar 20, 25 ou 30 milhões em contratações de jogadores tem de ter dinheiro para investir no seu principal ativo: os sócios. Dia 25 de outubro e depois disso, na segunda volta, se houver, tem de haver as mesas eleitorais físicas que forem necessárias em Portugal Continental e Ilhas e o voto por correspondência para todos os sócios que residam no estrangeiro", revelou.

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