Mário Esteves Coluna, símbolo maior de uma época e nome eterno do futebol português e mundial, foi distinguido em 2010 como Record de Ouro, troféu do nosso jornal para personalidades que se distinguiram no desporto nacional. Um prémio merecido para o homem que liderou o Benfica e a Seleção Nacional nos momentos mais eloquentes da história de ume outra.

"Esta homenagem foi uma surpresa gratificante. Fico sempre satisfeito por sentir que as pessoas continuam a lembrar-se de mim. E a alegria é tanto maior quando a distinção parte daquele que é o meu jornal de sempre. Agradeço ao Record de todo o coração. Desejo-vos as maiores felicidades, que tenham muito sucesso e continuem a lembrar-se de quem fez a história do futebol português. Dei centenas de entrevistas ao Record e a nossa relação sempre se pautou pela sinceridade, pela abertura e respeito mútuos. Estou muito feliz. Merci beaucoup, como dizem os franceses", afirmou, na ocasião, ao nosso jornal.

Artur Agostinho

Coluna aproveitou o convívio, no qual também participaram a filha Lourdes e os antigos companheiros José Augusto e Artur Santos, para recordar alguns feitos maiores de uma carreira ímpar.

Sobre quem inventou o nome de Monstro Sagrado do futebol português, pelo qual se perpetuará, respondeu de pronto: “Foi o Artur Agostinho, grande jornalista e amigo, quem me chamou isso pela primeira vez depois de um jogo que me correu bem.”

Valeu a pena

O destino de Coluna foi sempre o mesmo: ser amado e reconhecido. Nas homenagens, olhava sempre para trás. Se valeu a pena? “Não posso falar por todos, mas devo expressar o que sinto. E sinto que o Benfica, a imprensa e os adeptos em geral, sobretudo aqueles quem e viram jogar, nunca me esqueceram. Mas também aqueles que nunca me viram sabem quem eu sou e abordam-me com afeto. No fim de contas, é uma emoção saber que toda a gente me recebe de braços abertos. Nunca me cansarei de agradecer esta  amizade".