Rodrigo Magalhães defende a aposta na versatilidade e no "ecletismo posicional"
A versatilidade dos jogadores é uma das apostas dos responsáveis pelo futebol de formação do Benfica. A garantia é de Rodrigo Magalhães, diretor-técnico dos encarnados, que explica procedimentos e dá exemplos de jogadores que hoje jogam nas principais ligas europeias, casos de Bernardo Silva, Rúben Dias, João Cancelo e João Félix.
"O Bernardo, quando era benjamin, jogava a médio-centro, médio-esquerdo, avançado... O Bernardo chegou a jogar como central esquerdo no futebol de 7, num torneio em Espanha, frente a equipas que pressionavam. Precisávamos de qualidade no inicio da construção", conta, no podcast 'Ciência e Futebol', do Portugal Football Observatory.
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Diretor-técnico das camadas jovens do Benfica desde 2005, Magalhães sublinha: "É importante ouvir o Guardiola falar do ecletismo posicional do Bernardo, da capacidade de desempenhar diferentes funções. O treinador do futuro irá preferir o jogador que seja capaz de desempenhar diferentes funções, sem ter de fazer." Depois de sublinhar o "conhecimento de jogo, o nível técnico e a tomada de decisão" do internacional português, frisa que "a resiliência e a persistência" estiveram na base do sucesso do jogador do Manchester City.
Magalhães não fica por aqui, adiantando que a estratégia da formação passa pelo que denomina de "ecletismo posicional". "O Rúben Dias jogou com central, lateral, médio-centro; o Félix como avançado, segundo avançado, extremo, médio ofensivo; o Cancelo como extremo-direito e esquerdo e lateral-direito e esquerdo. O ecletismo posicional ajuda a construir um jogador versátil, com maior capacidade de adaptação a diferentes contextos competitivos."
O diretor-técnico conta que esse "ecletismo tático" é conseguido também através de vários sistemas táticos. "Temos dois no futebol de 7, dois no de 9 e três no de 11. Com o aproximar da transição para o futebol profissional, principalmente nos sub-23 e equipa B, procuramos ter uma réplica do modelo de jogo da equipa A. A ideia é dar ferramentas aos jogadores para que possam ter capacidade de resposta em função do treinador que encontrarem no futuro."
Magalhães explica que o 3x4x3 e o 4x4x2 são dois sistemas usados. "O 3x4x3 proporciona muitas situações defensivas de um contra um, serve para preparamos centrais e laterais para duelos defensivos. O 4x4x2 ensina a nossa linha ofensiva a jogar com dois homens na frente: um ponta-de-lança a prender a linha defensiva e outro a procurar o jogo entrelinhas, a mobilidade e as desmarcações de rutura."
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