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João Malheiro responde a Vieira: «Foi qualquer coisa de repugnante»

Antigo diretor de comunicação do Benfica foi alvo de duras críticas do ex-presidente

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João Malheiro: «Livro sobre Eusébio? Não ganhei um cêntimo»
O antigo diretor de comunicação do Benfica, João Malheiro, foi alvo de duras críticas de Luís Filipe Vieira na entrevista que este último fez na entrevista à CMTV.

"Foi qualquer coisa de repugnante. Antes de falar na minha pessoa, eu estava longe de pensar que seria visado sobre tudo de forma tão prolongada. A grande ofensa à memória foi feita por Luís Filipe Vieira. A imagem que passou de Eusébio foi a de um alcoólico, de um viciado e uma pessoa com más companhias. O que nós ouvimos. Era a última coisa que uma pessoa que reinvidica ligação a Eusébio, mais ou menos próxima, poderia dizer em televisão perante milhares de pessoas. Isso foi feito por Vieira", começou por dizer Malheiro, respondendo também às críticas pessoas do ex-líder das águias.

"No que a mim diz respeito, diria apenas o seguinte: a minha relação com Eusébio é prolongada no tempo, vem desde os anos 90. É um convívio quotidiano. Se não estivesse fisicamente com o Eusébio, estava telefonicamente, para não falar dos múltiplos locais que visitei ao lado dele, nas variadas latitudes. Tive sempre zero para mim em remuneração. Nunca tive nenhuma remuneração. Todos os textos do Eusébio, que sabemos que não era uma pessoa letrada, foram produzidos por mim. Compus em termos de escrita aquilo que o Eusébio dizia. Aconteceu até fechar os olhos. Quando se diz que ele não era amigo… Como é que é possível não ser amigo do Eusébio ou vice-versa? O Eusébio esteve na minha festa de aniversário de 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e só não esteve na de 2014 porque já se tinha despedido. Eu, que fazia grandes festas de aniversário, nunca mais fiz uma festa de anos, em homenagem ao Eusébio!", fundamentou.

Livro e últimos dias de vida de Eusébio

"A insinuação que aqui fica é que terei ganho dinheiro à conta do Eusébio. Eu esclareço o senhor Vieira. O livro tem a primeira edição em 1998 e representava o Eusébio o Dr. Rogério Alves. Não significa que não cuidasse do Eusébio. A percentagem para os autores, para quem conhece o mercado livreiro, é reduzida. No momento em que o livro saiu, estabeleci que 60% [dos direitos] eram para o Eusébio e 40% para mim. O próprio Rogério Alves disse-me que deveria ser 50/50. O Eusébio é o meu ídolo de infância. Antes de saber que era Malheiro, já gritava Eusébio e Benfica. Eu ofereci os direitos ao Benfica! Não ganho um cêntimo. Isto foi dito pelo presidente Rui Costa na intervenção. Vieira lembra-se que em 2010, assinalando os 50 anos de Eusébio em Lisboa, me convidou para uma exposição sobre o Eusébio? Na estreia estava Vieira, Eusébio e eu, como autor dos textos. A menos que qualquer coisa de extraordinário acontecesse, pergunto como é isto possível. Acresce que nas duas últimas vezes que estou fisicamente com o Eusébio, a penúltima foi um mês antes da morte. Foi o Eusébio que me telefonou para acompanhar a inauguração de um restaurante em Vila Franca de Xira ou Alverca, sei que foi junto ao Tejo. Fui com muito gosto, era incapaz de dizer não. A última vez que estive com o Eusébio, poucos dias antes do dia fatal, viajámos no meu carro conduzidos pelo António Caldeirinha. Fomos almoçar ao Seixal comer comida africana ao restaurante da Naide Gomes, que foi atleta do Sporting. Passámos o dia juntos. Uma pessoa que não se dá com alguém, como sugeriu Luís Filipe Vieira, poderá partilhar momentos destes praticamente até cerrar os olhos? Isto é inacreditável! Só posso interpretar isso, e não me reporto ao que foi dito sobre a dona Flora porque felizmente está viva e é uma questão que diz respeito à dona Flora. Posso dizer que participei nas cerimónias fúnebres do Eusébio e existe uma fotografia, que ainda hoje me emociono ao olhar para ela, que sou eu a beijar o Eusébio, na testa, na entrada principal do Estádio da Luz. Como Vieira diz, é verdade, fui eu que o acordei de madrugada. Acordei três pessoas: Vieira e, antes dele, Toni e Simões. São as duas pessoas mais próximas de Eusébio. Por que é que Vieira diz isto? Vieira tem ressabiamento. Confunde questões gerais com pessoais. Recordo uma entrevista à TVI há quatro anos em que dizia que a oposição não existe: ‘Isso é para lá o Malheiro e o Simões’, disse ele."
Por Flávio Miguel Silva
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