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Jogos à porta fechada: juíza sócia do Benfica não queria mas vai ter que decidir recurso

Paula Lages solicitou escusa, algo que foi recusado, por unanimidade, pelo coletivo do Tribunal da Relação de Lisboa

A juíza Paula Lages vai julgar um recurso do Benfica, em que está em causa a realização de dois jogos à porta fechada. Até aqui, nada há de anormal. Mas a magistrada é sócia do Benfica e solicitou escusa, algo que foi recusado, por unanimidade, pelo coletivo do Tribunal da Relação de Lisboa que apreciou o pedido, revelou a CNN Portugal e confirmou Record.

O Benfica foi condenado pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto a pagar uma multa de 80 mil euros e uma pena acessória de realização de dois jogos à porta fechada, por uso de material pirotécnico por adeptos encarnados.

Confrontados com esta decisão, os responsáveis do Benfica recorreram para o Tribunal da Relação de Lisboa, sendo que o processo foi atribuído a Paula Lages. Contudo, a magistrada pediu escusa. Isto porque é sócia do Benfica há 20 anos com quotas pagas e casada com um juiz desembargador, também ele sócio do clube da Luz e detentor de ações da SAD. Ambos possuem red pass.

Compreendendo e elogiando o pedido de Paula Lages, dado tratar-se de um caso que pode ser mediático, o coletivo que analisou o pedido considerou que a filiação clubística não pode condicionar quem tem a responsabilidade de julgar este tipo de processos. Assim, considerando-se que as circunstâncias do mesmo não geram desconfiança sobre a imparcialdade da juíza – a mesma qe absolveu a o ‘Correio da Manhã’ a CMTV e a ‘Sábado’ pela divulgação de vídeos dos interrogatórios a Ricardo Salgado e a José Sócrates na Operação Marquês –, o pedido foi indeferido por unanimidade.
Por Nuno Martins
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