O Sindicato dos Jogadores condenou esta terça-feira a participação da APAF contra António Silva na sequência das declarações do central do Benfica sobre a atuação do árbitro Gustavo Correia no final do jogo com o Casa Pia. Em comunicado, o organismo coloca-se do lado do internacional português, considerando que as declarações foram "normais e sem qualquer teor suscetível de constituir uma infração disciplinar e que, "dos agentes desportivos que falaram sobre a arbitragem no último fim de semana foi, definitivamente, aquele que teve mais ponderação e bom senso". Além disso, alerta  "para comportamentos de árbitros para com jogadores que violam deveres éticos". 

Leia o comunicado na íntegra: 
"O Sindicato dos Jogadores foi surpreendido com a participação da APAF contra o jogador António Silva, após declarações proferidas no final do último jogo, consideradas normais e sem qualquer teor suscetível de constituir uma infração disciplinar.

Lamenta-se que a nova direção da APAF tenha tomado esta posição contra um jogador, claramente precipitada, sendo que dos agentes desportivos que falaram sobre a arbitragem no último fim de semana foi, definitivamente, aquele que teve mais ponderação e bom senso.

O Sindicato dos Jogadores já havia apelado à APAF em casos anteriores para uma maior cooperação institucional e diálogo, procurando dirimir os conflitos entre árbitros e jogadores, sem o ambiente de provocação e guerrilha que resulta de queixas aos órgãos disciplinares.

É esse o espírito que tem levado o Sindicato dos Jogadores a sensibilizar a APAF e o Conselho de Arbitragem para comportamentos tidos por árbitros para com jogadores, que violam os deveres éticos e respeito mútuo.

O respeito pela arbitragem tem de ser um imperativo de todos os agentes desportivos, mas não se aceitam atitudes desta natureza, como prova de força.

O Sindicato dos Jogadores estará ao lado de António Silva e qualquer jogador nas mesmas circunstâncias, sempre numa atitude construtiva, em defesa do futebol português. Como estará sempre do lado dos árbitros, não aceitando linchamentos públicos nem atitudes que comprometem a sua integridade pessoal e profissional".