«Trubin tem muitos pontos fracos. Se eu fosse Schmidt, não arriscaria colocá-lo já na Liga dos Campeões»

Treinador Volodymyr Tsytkin analisou estreia do guarda-redes do Benfica em Vizela, afirmando que o ucraniano não deveria ir a jogo na Champions

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Roger Schmidt e a estreia de Trubin: «Para mim este era o momento certo»

Contratado no último mercado de transferências ao Shakhtar Donetsk, Anatoliy Trubin estreou-se no último sábado a titular na baliza do Benfica frente ao Vizela, encontro a contar para a 5.ª jornada da Liga Betclic. O primeiro jogo do guarda-redes ucraniano foi tema de análise no seu país, com Volodymyr Tsytkin, antigo guardião ucraniano e treinador de guarda-redes dos sub-17 da Ucrânia, a tecer vários comentários ao comportamento de Trubin no jogo em Vizela.

Na opinião do agora treinador do FC Khust, da segunda divisão da Ucrânia, Trubin "não é um guarda-redes com classe suficiente para jogar numa equipa de topo como o Benfica", alertando para aqueles que considera ser as duas grandes lacunas do guardião de 22 anos. "Creio que o Trubin ainda não é um guarda-redes com classe suficiente para jogar numa equipa de topo como o Benfica. Anatoliy tem muitos pontos fracos. É claro que será muito mais fácil para ele evoluir num clube como o Benfica do que no Shakhtar, mas por outro lado em Portugal será tratado de forma mais dura. Se no Shakhtar eles perdoaram-lhe os erros cometidos e deram-lhe a oportunidade de continuar a jogar, no Benfica isso não acontecerá. É uma equipa que almeja por grandes conquistas - ganhar o campeonato e ir o mais longe possível na Liga dos Campeões. Estando constantemente sob observação não será fácil para ele", começou por dizer o técnico de 57 anos, em declarações ao 'ukrfootball.ua'.

E continuou: "Vejo duas fraquezas nele. A primeira é a técnica de guarda-redes, a forma como recebe a bola. A segunda, e mais importante, é a saída dos postes. No jogo contra o Vizela, o Trubin teve vários momentos onde poderia ter tido uma abordagem mais agressiva e jogado mais na interseção. Foi uma sorte o adversário ter atirado duas vezes por cima, no próximo jogo poderá não ter tanta sorte. Em Portugal, tal como noutros campeonatos, muitas equipas atacam pelos flancos. Se um guarda-redes não souber sair bem dos postes é um grande problema. E este é um dos grandes problemas que Trubin tem, apesar da sua elevada estatura. Mas existe uma boa escola de guarda-redes em Portugal, por isso acredito que os treinadores poderão melhorar Trubin neste aspeto."

Apesar de ter algumas debilidades, Volodymyr Tsytkin reconhece que o jogo de pés é o "ponto mais forte" de Trubin, apesar de não considerar que essa seja uma qualidade primordial para um guarda-redes de topo. "Trubin joga muito bem com os pés, creio que é o seu ponto mais forte. Não é algo que seja propriamente treinado nas escolas do Shakhtar, mas sim uma tendência que vem sido trabalhada por muitos clubes modernos. Creio que Trubin não terá problemas neste particular. Mas eu acredito que ser bom com os pés não é um atributo principal para um guarda-redes, mas sim um adicional. Trubin precisa de concentrar-se mais em evoluir as suas fraquezas. Se não sair com confiança dos postes e receber bem a bola, mais cedo ou mais tarde será responsável por alguns golos sofridos", atirou.

Quanto ao jogo contra o RB Salzburgo (quarta-feira), que marca o arranque do Benfica na atual fase de grupos da Liga dos Campeões, Volodymyr Tsytkin acredita que Samuel Soares deveria ser o titular na baliza, em detrimento de Anatoliy Trubin. "Penso que Trubin não irá jogar na Liga dos Campeões. Se eu fosse Schmidt, não arriscaria em colocá-lo já numa competição com tanta importância como a Champions. O guarda-redes que está há mais tempo na equipa é aquele que tem de jogar na Champions. Trubin ainda está em fase de adaptação à sua nova equipa. Penso que com o passar do tempo o Trubin poderá começar a ser utilizado na baliza. Está apenas há três semanas no Benfica. Anatoliy ainda precisa de aprender a falar português para conseguir liderar a defesa", terminou.

Por Record
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