O Chaves continua a sua sequência de derrotas desde o início do campeonato sendo que, desta vez, foi o Boavista que provocou uma goleada na visita ao Bessa (
4-1). O treinador dos flavienses, José Gomes, mostrou-se preocupado com a "facilidade com que os adversários fazem golos".
"Aos 46 segundos já estamos a perder, com um erro. Mas quando as coisas não estão bem, parece que as coisas más acontecem. Depois aconteceram erros estranhos, e não é que estivéssemos a jogar mal ou com falta de compromisso. O positivo é que a equipa quis sempre estar no jogo e isso fez com que tivéssemos 20 e tal remates, mais bola. É verdade que foi sobretudo depois de estarmos a perder mas fizemos uma segunda parte com domínio e com chegada à baliza do Boavista, como não é comum no Boavista. O João [Gonçalves] fez enormes defesas e se não fosse isso o resultado seria outro. Nas três primeiras vezes que foi à baliza, o Boavista marcou. Na situação em que estamos, lutar contra tudo isto... o expectável depois do 4-0 era a equipa ficar destruída mas não foi isso que vimos, vimos uma equipa a tentar chegar ao golo. Esse é o espírito para o futuro", começou por dizer o técnico, em declarações na flash-interview da Sport TV, continuando: Os jogadores demonstraram uma determinação incrível. Estarei como sempre na mão dos diretores. Lenços brancos? Não reparei, estava focado no jogo. Mas já os tinha visto no outro jogo e percebe-se, as pessoas querem ganhar. Mas com este espírito da segunda parte os resultados vão ser revertidos"
As declarações na conferência de imprensa
Momentos do jogo"Tivemos momentos bons porque o Boavista não é uma equipa que se deixe sofrer golos, mesmo que se apanhe a ganhar. Fizemos um jogo, na segunda parte, com muita chegada à baliza deles. O João (Gonçalves) acaba por ser determinante porque fez defesas incríveis e formaram um resultado mais dilatado."
Erros defensivos"Terei de analisar os erros, uma oferecida aos 46 segundos e mais duas ou três chegadas à baliza. É preocupante a facilidade com que os adversários fazem golos. Num cenário de 5 derrotas, vamos àquele que era o 3.º clasificado. É uma oportunidade para dar a volta e não foi isso que aconteceu, embora a equipa tenha procurado até ao último segundo de jogo."
Estreia de Rúben Ribeiro"O Rúben precisa de encontrar o ritmo. O jogo passou muito por ele e foi muito influente. Realmente nota-se a diferença."
Golos sofridos logo no início
"Corremos o risco de errar. Levamos o primeiro golo, claramente um erro nosso. A bola é nossa, nem sequer estava próximo de um adversário, mas oferecemos o golo. Não é a analise desse golo a que eu quero chegar. É sim esse golo em cima de quatro derrotas consecutivas. Não é fácil responder como os rapazes responderam. Temos que esmiuçar o porquê disto, do que aconteceu, e analisar os erros."
Lenços brancos dos adeptos"Percebo perfeitamente os adeptos. Querem vencer e há a frustração bem no início do jogo. É óbvio que não podem estar satisfeitos. Mas o treinador está sempre dependente dos resultados da equipa e da organização que demonstra. E também o que significa para todos, seja o projeto e tudo o que está à volta dele. Quando todos os vetores se juntam em 'não há mais nada a fazer', o caminho é só um. Na vida de um treinador faz sentido que se mude e procure outro quando olhamos e não sentimos nada. Eu, desde o banco, senti a minha equipa a lutar. Tivemos mais bola, mas era expectável que a equipa se desanimasse, mas não foi isso que eu vi. Não é fácil ganhar ao Boavista, mas chegámos à baliza e lutamos por um resultado justo na segunda parte."