A Liga Portugal apresentou esta terça-feira o habitual anuário do futebol profissional português, um estudo pormenorizado que se debruça sobre todos os números da modalidade, neste caso relativamente à época 2022/23. As conclusões da EY Portugal, empresa parceira da Liga, determinam o impacto do futebol profissional como tendo contribuído com mais de 667 M€ para o PIB nacional durante a última temporada, sendo que em termos de impostos foram mais de 228 M€ num setor de atividade que representou mais de 3.504 postos de trabalho.

No capítulo meramente financeiro, durante a época 2022/23, a Liga Portugal e as Sociedades Desportivas representaram 1.672 M€ em passivo e 1.589 M€ de ativo, com os gastos (981M€) e receitas (987M€) praticamente iguais, com a ressalva do cálculo das receitas não contemplar as não operacionais, como são subsídios à exploração e juros e rendimentos similares obtidos. Subtraíram-se ainda às receitas os valores da Liga Portugal provenientes de Sociedades Desportivas como multas, penalidades e contribuições.

No prefácio do anuário, Pedro Proença salienta que estes números não deixam margem para dúvidas: "Se em 2021/22 a importância assumida pelo Futebol Profissional nas mais diversas áreas da Sociedade já era por demais evidente, em 2002/23 essa realidade, indesmentível, ficou em definitivo comprovada. Na última época, o Futebol Profissional voltou a representar 0,3% do Produto Interno Bruto."

"Depois de ultrapassar as contingências provocadas pela pandemia de Covid-19 sem qualquer tipo de apoio, a indústria soube reerguer-se, recuperar e conseguiu expandir-se e tornar-se ainda mais relevante", assinalou ainda o presidente da Liga Portugal.

Já Miguel Farinha, da EY Portugal, que apresenta ao fim da manhã este mesmo anuário, divulgou "um novo plano estratégico para o horizonte temporal 2023/27, o qual visa assegurar o contínuo crescimento e valorização do Futebol Profissional português."