Contas do FC Porto: o sobe e desce das principais rubricas, dos custos com pessoal à bilhética

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• Foto: FC Porto

Para lá dos números gerais de balanço, o relatório e contas 2024/25 do FC Porto permite perceber as variações das principais rubricas de 2023/24 para a última época. O resultado líquido positivo de 39,2 M€ é em grande parte resultado da balança de transações dos dragões no mercado, que teve um crescimento de 142%, de 41,6 M€ para 100,4 M€, mas não só. A saber.

Os custos com, pessoal foram reduzidos em quase 7,5 M€, para 81,8 M€, o que corresponde a uma queda de praticamente 8€. Sobre este item, a SAD especifica a redução de quase 10 M€ com as remunerações atribuídas a jogadores e equipas técnicas. "Os custos com pessoal reduzem, face à época anterior, em 7.481m€ (8%), mas com o efeito da integração da empresa FC Porto – Serviços Partilhados, em 2024/25. Considerando o efeito desta empresa na época 2023/24, de 3.012m€, os custos com pessoal reduzem 10.493m€ (12%). Esta diminuição resulta, principalmente, da redução das remunerações atribuídas a jogadores e equipas técnicas (menos 9.965m€), bem como da diminuição dos custos com os órgãos sociais do Grupo (menos 2.012m€). Verificou-se também uma redução dos custos com o pessoal afetos ao “Porto Canal”, ainda que parcialmente compensada por um aumento em outras estruturas desportivas,
nomeadamente no futebol."

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O mesmo aconteceu com os Fornecimentos e Serviços Externos, que caíram 18% de 56,8 M€ para 46,7 M€. Sobre o parâmetro, é destacada a maior eficiência e racionalização dos custos e a despesa extra que também representou a participação no Mundial de Clubes. "Os Fornecimentos e Serviços Externos diminuíram 10.047m€ face ao exercício anterior. A redução, não obstante o aumento derivado dos custos adicionais relacionados com deslocações e estadas associadas à participação no Mundial de Clubes (no montante de cerca de 1.300m€), foi transversal às várias componentes que integram a rubrica e reflete o esforço da nova administração na implementação de medidas de eficiência, contenção e racionalização de custos, abrangendo todas as áreas operacionais do Grupo."

No que diz respeito ao envolvimento dos sócios e adeptos, o merchandising e os bilhetes para jogos comprados avulso tiveram variações residuais, de mais 1% (para 11 M€) e menos 2% (para 7,1 M€), mas a subida ao nível dos Lugares Anuais foi de 42%, para uma receita de praticamente 6,5 M€.

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Por fim, o capital próprio negativo mostra-se mais saudável, com 10,4 M€ negativos, depois dos 113,7 M€ negativos do exercício anterior. "Analisando agora a situação patrimonial do Grupo Futebol Clube do Porto, esta evidencia, a 30 de junho de 2025, uma melhoria muito significativa dos capitais próprios, de 103.303m€ face a 30 de junho de 2024, reduzindo o valor negativo para 10.458m€, resultado de dois fatores principais: a incorporação do robusto resultado líquido obtido no exercício de 2024/2025, no valor de 40.988m€; o impacto da parceria estabelecida com a Ithaka, através da qual o Grupo alienou 30% dos direitos económicos da recém-criada sociedade Porto StadCo, por 65 milhões de euros,
com potencial de alcançar um valor total de 100 milhões de euros, mediante o cumprimento de determinadas métricas de desempenho", explica a SAD.

Com o passivo não corrente (334,9 M€) agora a superar o corrente (184,2 M€), em contraciclo com os ativos corrente (153 M€) e não corrente (355,7 M€), a dívida financeira líquida aumentou cerca de 10 M€.

Por André Monteiro
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