Farioli, treinador do FC Porto, deu os parabéns ao Nacional pela exibição no Estádio do Dragão (1-0), mas destacou o sacrifício da sua equipa, salientando a performance de Borja Sainz e a polivalência de Pablo Rosario.
Cinco vitórias consecutivas: "É um resultado importante, o jogo foi um pouco difícil, tivemos oportunidades para fechar o jogo mais cedo, mas não conseguimos marcar o segundo golo. Isto fez com que o jogo ficasse aberto no final, mas às vezes temos de vencer jogos desta forma. Também é importante o facto de termos sofrido apenas um golo em cinco jogos. O golo sofrido foi um autogolo frente aos campeões. Diz muito sobre os espírito dos jogadores. Hoje quero mencionar o Borja Sainz pelo jogo que fez, o sacrifício que colocou em campo foi inacreditável".
Foi um jogo mais difícil do que esperava? "Não. Pode perguntar a todas as pessoas que me rodearam nestes dias o quanto tentei chamar a atenção, vimos muitos jogos do Nacional desta época e da temporada passada. O nível dos detalhes esteve ainda mais elevado do que o habitual. É sempre difícil com a pausa internacional, tivemos alguns jogadores da América do Sul a viajar e com grandes jet lags. É normal que, quando colocamos todas as peças juntas em poucas horas, seja para todos. Sinto que não fomos tão fluídos como nos últimos jogos. Tivemos de fazer algumas adaptações. O resultado foi bom e temos muitas coisas para melhorar.
Pablo Rosario fez várias posições. Quão importante é ter um jogadores destes no plantel? "Adaptabilidade e capacidade de mudar de posição. Entrou como número 8 no jogo com o Sporting, hoje jogou como lateral. Jogou comigo no Nice como central. É um jogador muito inteligente e é um jogador com uma grande mentalidade, que nos ajuda muito".
Nehuén Perez e a estreia de Kiwior: "Infelizmente, não parece bom, é um problema no tendão de Aquiles. Parece que será uma lesão longa, vamos ver nos próximos dias, mas claro que estamos com ele. Está positivo e vai voltar ainda mais forte. É um jogador com uma mentalidade incrível. Já estava no balneário com um grande sorriso, feliz pela vitória. Vai ajudar-nos de diferente forma. Kiwior? Para ele também não foi fácil, regressou na segunda, teve o primeiro treino na terça connosco e hoje foi titular. Estamos a pedir várias coisas aos centrais, a próxima semana vai ser importante para tentarmos ter novamente sintonia e automatismo naquilo que fazemos. Acho que foi um jogo positivo, é um jogador que nos vai trazer qualidades e experiência para todas as competições".
Muitas lesões antes de um ciclo intenso: "Sabemos em que calendário os jogadores estão há uns anos, não é apenas no FC Porto, é uma epidemia que está à volta do futebol profissional. Estes jogadores jogaram o Mundial de Clubes, voltaram apenas poucas semanas depois, mudaram de treinador, neste período estamos a ter azar com o tipo lesões. Temos 4 jogadores de fora devido a contusões. O maior problema é que, quando uma lesão aparece, vamos puxar pelos outros ainda mais. É importante ter um plantel alargado, estamos a ver com o presidente e o clube se podemos fazer algo para ajudar o clube no próximo período".
Recuperação de bola: "Hoje não foi o nosso melhor jogo em termos de pressão e recuperação de bola. Quando trazemos vários jogadores o timing pode não ser o perfeito e quando o timing não é perfeito às vezes é mais difícil. Temos de dar parabéns ao Nacional, a dificuldade que trouxe ao jogo. É um bom alerta para que aumentemos o nosso nível, vamos jogar muitos jogos difíceis em todas as competições".
Quão importante é ter os jogadores próximos quando têm a bola? "É um dos elementos chave, na segunda parte começámos a ficar mais distantes. Quando as distâncias começam a ser maiores, é mais difícil nos conectarmos. Mas para haver conexão requer boas condições físicas e alguns jogadores não estavam no seu melhor".