Pinto da Costa sobre insultos a Marega: «Mais do que racismo foi um problema de estupidez»

• Foto: Nuno Fonseca

Pinto da Costa considerou esta terça-feira que o racismo é um "problema de estupidez" e que o que sucedeu com Marega em Guimarães, no último domingo, foi "uma atitude infeliz" de um grupo de adeptos, que "têm de ser castigados". O líder dos dragões, que falou à chegada ao Tribunal, no Porto, para testemunhar no âmbito do julgamento do ataque à Academia do Sporting, não quer empolar demasiado o caso.

"Como reajo? Como a maioria, quase 100 por cento dos portugueses, descontando o Rui Santos e o André Ventura... Toda a gente reagiu da mesma maneira. O Marega foi tomado pelo Mundo como um herói, mas não é por ter esta atitude digna que passou para nós a ser importante. No final do ano, antes de sonharmos que isto ia acontecer, recebeu o Dragão de Ouro do FC Porto. Não é por isto que passou a ser para nós um grande atleta e um grande homem", referiu o líder do clube portista. 

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"Há questões que devem também ser referidas. Não se pode classificar o futebol e os seus adeptos como sendo grupos racistas. O problema do racismo é estúpido e imbecil e não devia sequer ser colocado como problema. Para mim sempre houve igualdade, sempre vivi assim na infância, quando os meus ídolos no FC Porto eram de cor. Para mim era indiferente a raça e a cor. As crianças têm como ídolos jogadores de muitas raças, o futebol serviu para que não exista racismo. Aquilo foi uma atitude infeliz, que nem sequer posso dizer que as pessoas sejam racistas, foi uma maneira de atingir o Marega porque o V. Guimarães também tem jogadores de outras raças e que nunca foram atingidos. Têm de ser castigados, mas mais do que racismo foi um problema de estupidez", acrescentou Pinto da Costa.

O líder dos azuis e brancos enfatisou que o racismo além "um problema estúpido", "não existe". "No primeiro jogo de futebol que vi o FC Porto tinha o Gastão, era negro e era um dos que mais gostava. Não compreendo como isso pode ser um problema para alguém. Isto é sobretudo um caso de polícia. Se roubarem as carteiras às pessoas no estádio, a responsabilidade não é dos clubes."

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Pinto da Costa acrescenta que "a vida decorre normalmente dentro do FC Porto" e falou ainda da recente recuperação pontual relativamente ao Benfica. "Recuperámos 6 pontos. A única leitura possível é que estávamos a 7, estamos a 1 e recuperámos 6. No campo é que se fazem os resultados."

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