Vítor Bruno: «O que aconteceu no final foi uma caricatura do que tem sido o futebol em Portugal»

• Foto: Tony Dias/Movephoto

O FC Porto cedeu este domingo os primeiros pontos da época no campeonato ao empatar (1-1) na receção ao Arouca, na quarta jornada da prova, num encontro que teve 113 minutos (90'+23).

Em declarações na 'flash-interview' no final do jogo no Estádio do Dragão, Vítor Bruno, treinador-adjunto dos dragões, criticou a postura da equipa de arbitragem, especialmente no momento em que o árbitro Miguel Nogueira decide não assinalar o primeiro alegado penálti sobre Taremi já nos descontos da partida.

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"Sim, alguma coisa está a falhar, se não não tinhamos a abordagem que tínhamos na primeira parte. Um adversário que optou por vestir uma pele diferente do que tem sido. Tivemos dificuldades em chegar à baliza do adversário na primeira parte. Sem bola, o nosso jogo foi muito curto. Não procurámos desarrumar a organização defensiva do Arouca e depois há um lance sobre o Wendell em que me parece que devia ter tido intervenção do VAR, mas aí não houve. Na segunda parte tentámos tentar de assalto a área do Arouca, depois o Arouca numa das raras aproximações que tem à nossa baliza acaba por fazer o golo", começou por dizer num primeiro momento, continuando: "Aqueles momentos finais foi a impressão digital da equipa, é o acreditar sempre. A equipa não cai, mantém-se viva e ligada ao jogo e acaba por marcar o golo do empate. O jogo foi demasiadas vezes parado, se queremos promover o nosso futebol, não é desta forma. O árbitro foi algo permissivo. Não quero estar a fugir à verdade. Vivemos numa sociedade demasiado frágil para podermos dizer aquilo que nós sentimos e desejamos e sob pena de sermos castigados às vezes nos privamos de dizer aquilo que nos vai na alma. Eu não quero faltar ao respeito a ninguém mas penso que aquilo que aconteceu no final foi uma caricatura daquele que tem sido o futebol mais recente aqui em Portugal. Já tivemos casos mais recentes esta época em que as coisas não funcionaram bem a partir da Cidade do Futebol. Alterar posições que são tomadas em campo, a 10-15 metros, via telefone, não me parece que esse seja o caminho, independentemente de ter ajuízado bem ou mal, não é isso que questiono aqui. Mas se queremos credibilizar ainda mais o futebol e fazer com que o nosso futebol seja falado lá fora pelas melhores razões não é este o caminho. Olhar para a pausa e descansar. Queríamos ter 12 pontos, mas temos 10. Nem tudo estava mal, nem tudo está bem. Há jogadores que têm de se adaptar e perceber que o FC Porto é um clube muito grande. Estamos aqui para dar a cara, até porque não faz parte do nosso ADN enquanto equipa."

Por Record
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