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23 outubro

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O ataque móvel do Benfica, o trio em dúvida para o clássico e o pedido a João Pinheiro e ao VAR: tudo o que disse Conceição

Clássico da 24.ª jornada agendado para o Dragão (amanhã, 20H30)

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Conceição revela que teve "38 graus de febre esta noite": «Estou aqui tremeliques mas não é do jogo de amanhã»

Sérgio Conceição fez este sábado a antevisão ao clássico com o Benfica, jogo grande da 24.ª jornada agendado para amanhã, às 20H30, no Estádio do Dragão.

Quais são as expectativas para o clássico? É uma excelente oportunidade para se aproximar de um adversário direto... Derrota do Benfica com o Sporting pode ter impacto? "Não, são jogos com histórias diferentes e não acredito que uma coisa tenha a ver com a outra. Para nós é um jogo importante, temos outros 11 para fazer. Sabemos da importância, à medida que o campeonato vai caminhando para o final. É normal que os jogos ganhem o seu peso, ainda por cima sendo um rival que está à nossa frente. Vamos preparar bem este jogo para dar uma resposta positiva. Amanhã ainda haverá treino de manhã, nesta preparação para irmos para campo ganhar o jogo".

Peso do jogo... Os campeões nunca têm perdido muitos pontos, mas FC Porto já tem muitos pontos de desvantagem para Benfica e Sporting. Este é o tudo ou nada? "Não vejo isso. Em Barcelos não conseguimos ganhar, as coisas ficaram mais difíceis. Todos os jogos são importantes mas não há jogos de tudo ou nada. O próximo jogo é com o Benfica, detentor do título, e não é com essa diferença pontual que vamos preparar o jogo, mas sim olhando para o adversário. Vai ser necessário um FC Porto forte, no seu melhor, muito competente, percebendo o que tem de fazer no jogo em função do adversário. Não vamos pensar em mais nada porque não vale a pena. O que passou, passou. É olhar e dissecar os jogos, ver o que fomos fazendo em função da dificuldade de cada jogo. Não podemos pensar nessa diferença ou naquilo que pode representar este jogo nas contas finais. Não é dessa forma que preparamos os jogos".

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Conceição e o ataque móvel: «Trabalhamos em função do que tem sido o Benfica na sua dinâmica»

Este Benfica não se tem dado muito bem com esta situação do ataque móvel. Atendendo a que isto foi experimentado recentemente, espera que a aposta volte a acontecer? "Não faço a mínima ideia. Trabalhamos em função do que tem sido o Benfica na sua dinâmica e nos diferentes momentos do jogo. O ataque móvel depende da mobilidade do ataque, mesmo com jogadores que não sejam referências no setor ofensivo. Às vezes pega-se numa ideia ou em algo que é dito por algumas pessoas, não aprofundado, e depois diz-se que é ataque móvel por serem jogadores pequeninos, de caraterísticas diferentes. Por vezes não é assim. Às vezes um ataque é muito mais móvel com dois avançados de 1,90m na frente. Depende da forma como a equipa demonstra essa mobilidade, dentro da organização ofensiva. O Rafa não deixa de ser móvel jogando como ponta-de-lança. A partir daquela posição, vem a terrenos e espaços que ocupa quando joga a segundo avançado ou a ala, acelera muito o jogo. Temos é de estar preparados para diferentes situações, para quem joga. O modelo não tem mudado muito. Estamos a falar de um 4x4x2, onde as peças mudam, e aí pode mudar tudo. Falo também dos laterais, se joga Morato, Aursnes ou outro jogador. Não deixa de ser assente numa base que é um 4x4x2, a partir daí é que temos de perceber quais as diferenças nas nuances".

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Conceição, o vento... e o pagamento aos advogados: «Tive de falar para me livrar de mais um processo!»

Depois do jogo nos Açores, disse que Galeno e Evanilson saíram com queixas. Estão aptos? Evolução de Taremi... "Isso foi um problema não meu, mas de quem comunicou aos jornalistas que eles não estavam no boletim clínico. Ainda chamei os responsáveis por isso hoje de manhã e disse-lhes que algo não está bem, porque o Galeno saiu com queixas no joelho e alguma inflamação e está em avaliação. O Evanilson, num momento do jogo, sentiu uma pequena dor no posterior e eu tirei-o por precaução. Talvez não tivessem ouvido a minha flash... Continuam em avaliação e hoje não treinaram, tal como os mais utilizados. É por isso que amanhã há treino. Continuamos a avaliar. Estão em dúvida, com probabilidade de irem a jogo. A possibilidade de irem a jogo é maior do que não irem. Taremi deu sinais de melhoria hoje e vamos ver até amanhã depois do treino. Não é até à hora do jogo porque isso não acontece, tem a ver com o treino".

Pressão nos jogadores do FC Porto... Sérgio tem um registo muito positivo em clássicos, algo que não aconteceu esta época. O discurso que tenta passar é uma forma de sacudir pressão? Há um fator decisivo diferente para cada uma das equipas neste jogo? "Já tive a oportunidade de dizer que se não há pressão, eu crio-a. Não vejo que o meu discurso seja para tirar pressão. Gosto de pressão, os jogadores sentem-na. Na Liga dos Campeões temos dado resposta positiva. O meu discurso é o verdadeiro, o que sinto. O que disse no final do jogo nos Açores foi que toda a gente, incluindo os diferentes departamentos e os adeptos, tem de dar tudo em prol do clube e fazer de cada jogo como se fosse o último da época. Devia ser assim desde o início. Olhando para trás, já não é possível voltar. Temos de encarar isso dessa forma".

Pressão... Fala-se muito no título, mas há a questão do 2.º lugar, que também é muito valorizada. Eventualmente, uma derrota ou resultado menos positivo pode levar a que o FC Porto lute pelo 2.º lugar como prioridade? Revelou que lhe foi instaurado outro processo por dizer que estava a jogar contra o vento. Contra o Santa Clara, foi irónico? "Em relação ao 2.º lugar, estamos em 3.º e temos de dar uma olhadela para trás e para a frente. Depois começamos a olhar demasiado para trás e para a frente e não dá. Temos de ir à procura dos três pontos nestes jogos que temos pela frente. Pressão faz parte daquilo que é o nosso trabalho. Trabalhar num clube grande, habituado a ganhar títulos, mais nos últimos 40 anos do que nos anteriores. As pessoas, e isto é culpa do nosso presidente, estão mal habituadas, porque antes da entrada dele os títulos não eram assim tantos. Depois, têm sido anos maravilhosos nesse sentido. A pressão faz parte de quem comanda uma equipa profissional de futebol que, independentemente da mais-valia ou menos-valia em relação aos adversários internos ou na Europa, tem obrigação de ganhar. Dou-me bem com essa pressão. Acho que isso é bom. Em relação ao que disse depois do jogo com o Santa Clara, afirmei que jogámos mais do que contra 11 jogadores adversários num dos jogos anteriores a esse, e nos Açores afirmei que jogámos com mais do que 11 adversários porque tinha o vento que era extremamente incómodo, os adeptos extremamente apaixonados pelo seu clube, a situação dos apanha-bolas, que com o Santa Clara a ganhar, os nossos jogadores tinham de ir buscar a bola, enfim. O Conselho de Disciplina pensou que eu me referia à arbitragem e instauraram-me um processo. Nessa altura não referi que era o vento, então nos Açores tive de o fazer. Isto tem custos, como pagar ao advogado...".

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Conceição: «Rafa e Di María são dois excelentes jogadores»

Benfica na época passada impressionava, mas a ideia que dá agora é que resolve muitos jogos através das individualidades. Anular jogadores como Di María e Rafa pode ser meio caminho andado? "Dentro da dinâmica ofensiva das equipas há sempre jogadores que se destacam pelas caraterísticas que têm, uns de uma forma, outros de outra. Nós abordámos em Barcelos, por exemplo, os jogadores que tinham preocupações diferentes. É normal haver jogadores na ligação e isso faz parte. Rafa e Di María são dois excelentes jogadores, experientes e com qualidade acima da média, mas Benfica tem outros. Temos a tendência de olhar para o jogador que faz a diferença. O Benfica perdeu o primeiro jogo no Bessa e não perdeu mais fora, penso eu. Não estou aqui a dar moral de barato. Com maior ou menor dificuldade, têm feito o seu trajeto. Desde novembro, tirando o jogo agora com o Sporting e na meia-final da Taça da Liga, não perde há quatro meses. Acho que não são só as individualidades. É a defesa menos batida da Liga, e isso por si só diz que há trabalho coletivo. Não embarco muito nisso, temos de olhar para a equipa como um todo. Claro que nessa organização coletiva, há jogadores que se destacam em diferentes momentos. Quem conseguem meter dentro da área, concluir as jogadas... É para isso que temos de olhar".

Olhando para os registos do Sérgio contra os rivais, teve sempre um balanço muito positivo e até chegou a fazer o pleno. Esta época, tem três derrotas contra os rivais. O que tem falhado? "Espero acabar o jogo amanhã com 11, como disse o Rúben Amorim. Na Luz fizemos um excelente jogo, mas tivemos uma expulsão no início. Na Supertaça, penso que é unânime ou foi unânime a opinião de que nós, até ao golo do Benfica, controlámos e fomos muito competentes e mais fortes. Mas os jogos são todos diferentes. Mesmo em Alvalade, apesar do Sporting ter feito um bom jogo, acho que houve momentos em que merecíamos um bocadinho mais do que sair de Alvalade daquela forma. Posso arranjar mil desculpas, mas temos de ser mais competentes e ganhar jogos. Amanhã temos a oportunidade de fazer isso. Temos um adversário com valia pela frente, queremos preparar o jogo e ganhá-lo sem olhar muito para as estatísticas. Não quero adormecer nisso, sei que o meu historial é positivo".

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Conceição aplaude chamada de Wendell à seleção do Brasil: «É diferente daquele que chegou»

Chamada de Wendell à seleção brasileira... "Ficou o balneário, o clube e os colegas muito felizes. É uma emoção grande para um jogador de 30 anos, que esteve muito tempo na Bundesliga, um dos campeonatos mais competitivos do mundo, e foi aqui no FC Porto que conseguiu. O Wendell de hoje, que evoluiu muito, é diferente daquele que chegou. Já foram dezenas de jogadores que se estrearam nas seleções com esta equipa técnica e eu fico muitíssimo feliz, é o máximo que podem atingir e é sempre uma felicidade para toda a gente. Fiquei muitíssimo emocionado, é um jogador muito profissional e acarinhado".

Esta época não acabou qualquer clássico com 11 e, já na época passada contra o Benfica, acabou com 10. Falou com os jogadores? Amanhã o árbitro vai ser o mesmo do jogo da época passada e até do deste ano... O ano passado deixou muitas críticas... O que espera a nível disciplinar? "Disse tudo aquilo que já tinha dito, está aí na sua pergunta. O que posso acrescentar é desejar ao João Pinheiro e à equipa de arbitragem e VAR que sejam competentes e que, no final, não seja por algum erro deles que o jogo se possa decidir".

Questão emocional não é algo que se treine, mas houve algum discurso para dentro do balneário para terem mais cuidado com a disciplina? "Não. Há aspetos que se trabalham, mas a grande luta dos treinadores é essa questão mesmo, a questão emocional. A mentalidade. Hoje é diferente do que era há uns bons anos, é muito diferente. Os jogadores têm pessoas a trabalhar com eles na comunicação, dezenas de pessoas à volta, sentem-se muito protegidos. Há alguma fragilidade emocional hoje. Eu estou em tom de desabafo porque é a realidade, é um aspeto difícil, é difícil que ganhem essa maturidade ou que consigamos antecipar algo que os beneficiaria de forma incrível. Qualidade como jogadores têm, caso contrário não estavam no FC Porto. Fisicamente, acho que hoje todas as equipas são bem apetrechadas de elementos que metem os jogadores a competirem de três em três dias sem problemas. Em termos de organização, há gente que trabalha muitíssimo bem. Depois há a mentalidade, e essa mentalidade advém de alguma dificuldade no percurso para uns, para outros de uma ambição intrínseca que têm, e outros que não têm isso e é preciso incutir-lhes. É um processo difícil, mas faz parte da nova geração. Há outras coisas boas. Isto foi quase um desabafo, nem foi bem uma resposta... Tive 38 graus de febre esta noite, estou aqui meio incómodo, a disfarçar. Ando aqui com a pernita, mas estou meio com tremeliques. Não é do jogo de amanhã. Medicado? Sim!".

E terminou: "Também estou a falar para os meus filhos, claro. Não usam o telemóvel na hora de jantar, atenção. Mas quando o Rui pagar um almoço, conto-vos mais algumas coisas".

Por Record
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