Quando é que começou a pensar em Vítor Bruno para treinador do FC Porto?

ANDRÉ VILLAS-BOAS – Olhámos sempre de uma forma muito positiva para o Vítor no sentido da continuidade. Quando olhámos para o cenário, entre mim, o Andoni Zubizarreta e o Jorge Costa, decidimos avançar, foi um tema que foi fechado relativamente rápido. Tivemos reuniões que nos ditaram que este era o caminho a seguir. Temos muita confiança no trabalho que o Vítor possa desenvolver. Vem da sua apresentação, que causou muita boa impressão nos sócios, pelas suas linhas orientadoras, pela sua visão, pelo que conhece do clube e pelo que sabe que este clube é. Tudo isto foi muito positivo para nós, foi a constatação de que este era o homem certo e depois toda a parte contratual fez-se de forma muito rápida.

Como ex-treinador, será capaz de se distanciar dessa função e deixar o treinador trabalhar?

AVB – De forma muito clara, eu já fiz a transição para a gestão, a gestão deste clube e, de certa forma, da SAD do FC Porto, que já é suficientemente intensa para que eu possa divagar sobre a minha ex-profissão.

Pediu a Vítor Bruno o título de campeão nacional?

AVB – Não preciso de pedir, porque o próprio sabe que é uma obrigação. Naturalmente todas as pessoas que vêm para o FC Porto sabem que o título de campeão nacional é algo que ambicionamos. Foi para mim a maior honra ser campeão nacional pelo FC Porto. Será certamente para o Vítor também e seguramente será isso que ele procurará.

Vítor Bruno pediu alguma espécie de garantia, segurança, para de facto conseguir cumprir com esses objetivos?

AVB – Naturalmente isso é uma responsabilidade nossa também, de lhe oferecer plantéis competitivos e nisso o Vítor tem sido inexcedível, não só na compreensão dos dossiês, como também no que é a equipa ou plantel atual e o que é que ele quer e requer para a construção de uma equipa vencedora. Portanto, nós temos plena consciência com as conversas que temos com ele, o que é que ele deseja e estamos a intervir no mercado nesse sentido.