Treinador dos dragões falou aos jornalistas esta segunda-feira depois de ter assinado até 2027 com cláusula de 15 milhões
Lucho González, cara familiar para os adeptos na equipa técnica
"A presença FC Porto sempre se fez sentir nas equipas técnicas. Não terá sido esse o caso mais recentementre, mas é algo que estamos a olhar com determinação. Falámos com Lucho, não posso garantir que esteja fechado. É um objetivo que temos. Trazer a mística Porto. O mister também está de acordo. Iremos tentar chegar a bom porto nesta negociação. Não sendo possível, iremos procurar outras pessoas".
Homem certo para o cargo?
"Estão sempre vinculados aos resultados. A partir do momento que se determina uma decisão e um caminho é preciso que apareça sustentado nas vitórias e no método. Isso não aconteceu infelizmente, com o máximo respeito que tenho para com Vítor Bruno e Anselmi. Há uma parte que está relacionada com mudanças no plantel, com reforços que irão acontecer. Não havia dúvidas de que no início da época que a equipa que pusemos à disposição nos garantia sucesso. O FC Porto foi obrigado a operar em janeiro de determinada forma para que fosse viável. Há uma parte de compromisso desportivo que perdemos devido à sustentabilidade financeira. Temos a facilidade agora de poder operar no mercado. Vai permitir outro nível de investimento. Podemos estar perante o maior mercado da história do FC Porto".
Volta a tomar a palavra André Villas-Boas
O que é que o convenceu:
"Muitas já ficaram visíveis aqui. A visão, o entusiasmo. Discutimos o que serão as mudanças ao nível da estrutura. Tudo isto ajudou a chegar a acordo, mas sobretudo é a noção do sentido de exigência que é necessário no FC Porto. Compromisso com a vitória está claro no discurso de Farioli. Temos um compromisso que não se pode adiar mais, temos sede de vencer. Assume sem nenhum medo. Serão necessários os meios e agora cabe ao FC Porto garantir esses meios para que consiga o sucesso".
Já viu jogos do FC Porto da época passada. O que pode dizer aos adeptos, qual vai ser o estilo de jogo?
"Quando abordamos uma nova época há o desejo de ver coisas novas, uma nova forma de jogar, cada treinador tem uma forma de pensar. Não me compete julgar o que foi feito antes. O clube tomou uma decisão, estou aqui. Estamos sempre a ser avaliados. O que foi acordado com o presidente, vimos muitos jogos, ele sabe como gosto de jogar. Enquanto equipa queremos ver uma mentalidade clara e aberta. Enquanto treinador acredito que a equipa quer ter posse de bola. Muitas vezes, mais do que impor a nossa ideia é as pessoas acreditarem no que podemos fazer. É importante ter margem de adaptação. As ligas, os jogadores e a história é sempre diferente. Aprendi que devemos ser flexíveis para fazer pequenas adaptações, haverá coisas que já viram, mas também há margem para uma adaptação".
Sabemos que no ano passado lutou pelo título pelo Ajax, mas agora será ganhar ou ganhar.
"Sinto-me confortável em trabalhar e trabalhar. Esse é o caminho. As pessoas que vêm comigo e as que conheci no clube mostram-se comprometidas com este projeto, tive todo o apoio. Estamos todos juntos para conseguir o melhor para o FC Porto".
Jogadores que precisa
"Temos uma ideia clara das posições que precisaamos de melhorar. Como já disse, tive muitas surpresas, por vezes temos a ideia que um jogador não consegue chegar a um determinado nível e acaba por ser o melhor no final da época. Outros podemos adorar logo e precisam de mais tempo para chegarem ao ponto que queremos".
Ontem disse que ninguém começa do zero. Conhece a dimensão do desafio que tem pela frente?
"Tenho consciência disso porque mesmo antes da entrevista aprofundei a minha análise ao clube e à sua situação atual. O presidente foi muito claro, não escondeu nada. Há aspetos diferentes, uns mais dificeis, outros menos. Se quisermos criar uma determinada cultura precisamos de condições de trabalho para que os jogadores se sintam confortáveis e desde o primeiro momento passámos muitas horas, com o presidente e outras pessoas, a entender, por exemplo, o papel de cada jogador. Claro que há o mercado. Gosto de dar uma oportunidade a todos, de se expressarem. Tenho a minha ideia, mas não quero chegar com preconceitos. Quero avaliar e ser direto na minha avaliação".
Este é o maior desafio da sua carreira, quais são os objetivos para esta época?
"O primeiro é estabelecer um nível, um padrão, no final de contas todos temos objetivos, queremos ganhar títulos. Sei o que é necessário para ganhar e sermos competitivos. Se olharmos para longe e nos esquecermos do próximo passo podemos cair. Será uma longa jornada. Podemos passar nas diferentes competições, mas temos de trabalhar com muita vontade, união, espírito. Há uma palavra portuguesa que soa melhor em português do que em inglês, 'mentalidade'. Se este é o maior capítulo da minha carreira? Temos de estar ligados ao presente e o presente é o FC Porto. Não me esqueço do meu percurso, os clubes onde trabalhei, o Nice, os clubes na Turquia, todos representam muito para mim. Há uma ligação emocional, mas estar aqui hoje a representar esta cidade e estas novas cores significa muito para todos nós. Estamos no sítio certo".
Já visitou o estádio, o centro de treinos e já disse que conhece os desafios que vai enfrentar. Que expectativas tem e como vê esta oporunidade?
"A oportunidade é ótima, o clube é um histórico, vemos as imagens, os troféus, a própria história do clube. O que o presidente fez, o que Mourinho fez... O clube representa muito em termos de mentalidade, espírito. Estive aqui há 3 anos a ver um jogo da Champions com o Inter e recordo-me dos últimos minutos em que encurralaram o Inter, conseguiram dar a volta ao jogo. É isso que queremos. Não me conhecem bem, mas sou muito apaixonado, quero representar uma equipa com esta mentalidade e este espírito. Nos treinos vamos ter padrões claros e elevados, não temos tempo para perder nada, queremos ganhar e ter sucesso. Temos de estar ao mais ato nível".
Com se sente hoje?
"Antes de mais, obrigado pelas palavras e pela responsabilidade que me deu. Para nós é um privilégio estar aqui a representar um clube icónico em Portugal e na Europa. Tudo avançou muito rápido, temos muito trabalho para fazer e avançamos desde o primeiro momento com ambição, temos muitos objetivos. É o sítio certo e a fase certa para a próxima fase da minha carreira. Temos muita ambição e desejo de provar a nossa paixão, de recuperar a mentalidade que queremos ver nesta equipa e devolver o FC Porto ao seu lugar".
Toma a palavra André Villas-Boas: "É com muito gosto que vos apresento Farioli. Esta é uma escolha ambiciosa, um treinador no qual acreditamos muito. Tem um percurso explosivo no futebol europeu, com sucesso e visão. Escolhemos o Francesco para atacar as próximas duas temporadas, nomeadamente esta primeira onde queremos regressar aos títulos e uma demonstração de força, de espírito e rigor. Da parte do FC porto iremos colocar à tua disposição todos os meios necessários para chegares ao sucesso, é um compromisso que assumimos contigo. Discutimos muitas ideias. Chegámos a acordo em relação ao que é necessário para esta transformação. É com esse objetivo que fizemos alterações profundas e iremos continuar a fazer. Iremos renovar o plantel para que possas atingir sucesso e termos essa demonstração do que é uma equipa à Porto, com jogadores à Porto. Estamos seguros de que terás essa equipa. Desejamos-te muita sorte. Estou seguro de que serás um sucesso absoluto. Bem vindo ao FC Porto".
Em declarações aos canais de comunicação do FC Porto, o técnico explicou logo ontem ao que veio: "Queremos construir uma mentalidade e incutir o desejo de dar tudo. Isso para mim é inegociável, porque nós passamos muitas horas a trabalhar e não podemos ir para casa com o arrependimento de não termos dado tudo”, referiu.
O treinador italiano, que assinou até 2027, tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros, confirmou Record. Trata-se do mesmo valor com que o FC Porto blindou Martín Anselmi aquando da contratação do treinador argentino.
Bom dia. Francesco Farioli foi ontem oficializado como novo treinador do FC Porto e será apresentado esta segunda-feira, a partir do meio-dia, no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão, uma cerimónia em que naturalmente André Villas-Boas será o anfitrião. Acompanhe tudo com o seu Record
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