Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto, assumiu na tarde desta segunda-feira, por ocasião da apresentação dos resultados do empréstimo obrigacionista 2023/26, que os dragões terão de vender jogadores até ao final deste mês, de forma a equilibrarem as contas da sociedade desportiva.
"Isso é ineludível. Não adianta estar aqui a enganar a questão, é assim mesmo, tem que ser até 30 de junho, porque só os resultados que forem conseguidos até 30 de junho, até à meia-noite de 30 de junho, é que contam para o fecho das contas desta época. A acontecer alguma coisa para equilibrarmos as contas, e tem que acontecer, é até 30 de junho", referiu o administrador para a área financeira dos portistas.
Não obstante o avultado valor encaixado com a entrada direta na fase de grupos da Champions, Fernando Gomes lembrou que é necessário receber na mesma verbas resultantes da transferência de jogadores, embora as mais-valias não tenham de ser tão elevadas. Seja como for, o administrador não revelou o valor que a SAD precisa de fazer em mais-valias até ao final do exercício.
"A opinião pública que acompanha o fenómeno futebolístico em Portugal sabe que os grandes clubes, os que são competitivos a nível internacional, não têm alternativa que não seja fazer mais-valias, ou seja, vender os seus principais ativos ou alguns dos seus principais ativos para realizarem mais-valias e equilibrarem as contas. Não há forma de equilibrar resultados em nenhum dos três grandes, pelo menos até aqui, que não seja através das mais-valias das vendas dos seus ativos. Sempre foi assim no FC Porto, aliás, foi o primeiro a ter um modelo bem interessante em termos internacionais de realização de mais-valias, sabemos que é assim, e este ano não vai ser exceção à regra. Não estamos ainda em condições de fecho de contas para poder dizer qual é o valor que vai ser necessário para fazer mais-valias, estamos neste momento a apurar quanto é que vamos precisar de realizar de mais-valias para equilibrar as nossas contas, agora vamos ter que as equilibrar, e essas mais-valias serão menores, uma vez que com o acesso à Liga dos Campeões e com uma pontuação interessante do FC Porto em termos internacionais, isso vai permitir-nos ultrapassar os 40 milhões de euros em termos de contribuição da UEFA para o equilíbrio das contas do FC Porto", destacou o responsável dos dragões.