O administrador Fernando Gomes esteve ausente esta quinta-feira, ao que Record apurou, em reuniões na sede da UEFA.

Em cima da mesa poderão ter estado situações relativas ao cumprimento das regras do fair play financeiro, que no caso de desconformidade por parte do FC Porto, nos registos apresentados até 31 de dezembro, poderia levar a uma sanção pecuniária.

No entanto, ao que Record apurou junto de fonte conhecedora do processo, esse poderá não ter sido o tema central da viagem. A clarificação de outras questões técnicas, de âmbito contabilístico, poderá ter justificado a deslocação. 

Trata-se, de qualquer forma, de mais uma incursão de Fernando Gomes depois de em novembro se ter deslocado à Arábia Saudita no sentido de procurar soluções para desbloquear a antecipação das verbas referentes ao pagamento da transferência de Otávio.

Não tendo sucesso junto do Al Nassr, o CFO de Pinto da Costa assumiu que a SAD teve de recorrer à antecipação de mais dois anos de direitos televisivos, que "estavam à mão", disse, para satisfazer compromissos correntes.

Note-se que o CFO da candidatura de André Villas-Boas, Pereira da Costa, levantou, na terça-feira, dúvidas sobre o cumprimento das regras do fair play financeiro por parte do FC Porto, desvalorizando a importância da reavaliação do Estádio do Dragão promovida pela atual administração.

"Esta operação de reavaliação, para a UEFA, não vai contar. Pois infelizmente a UEFA diz que, no artigo 88 das regras do fair play financeiro, este efeito não serve. Os capitais próprios deveriam ter sido melhorados em cerca de 10% e como esta operação não conta para este efeito, gostávamos de saber o que está previsto para 31 de março. É uma operação meramente contabilística, não há qualquer entrada de dinheiro, não altera em nada os resultados líquidos acumulados", sublinhou o homem forte das contas de AVB.