Após ponderação, André Villas-Boas e a estrutura do futebol portista decidiram que Martín Anselmi é o homem certo para suceder a Vítor Bruno na liderança do projeto do clube. Um nome fora da caixa para muitos dos adeptos do futebol na Europa, mas que já é visto, na América do Sul, como um treinadores mais entusiasmantes, fruto dos trabalhos bem conseguidos no Independiente del Valle, do Equador, e mais recentemente no Cruz Azul, do México. 

O argentino, de 39 anos, gosto de blindar os grupos que orienta, fazendo das fraquezas forças e apelando sempre ao sentimento de união para ultrapassar as adversidades. Ficou viral um vídeo seu a falar sobre o conceito de equipa, onde faz questão de vincar a importância dos jogadores abdicarem do eu em função do nós. 

"Uma equipa significa que um grupo, um conjunto de indivíduos, deixa de ter os seus objetivos pessoais e passa a ter um objetivo muito maior, um propósito, e que opta sempre pelo bem comum. Para ser parte de uma equipa há altura em que vamos ter que fazer coisas que não gostamos de fazer. Isso acontece com todos nós, em qualquer trabalho. Mas quando há um propósito maior e quando os que estão formando um grupo sentem isso, aí começamos a passar de um grupo para uma equipa. Se me custa me levantar cedo, tenho que o fazer, porque se chego tarde e há 24 jogadores que estão à minha espera, eu estou a prejudicar a equipa. Se chega o fim de semana e gosto de beber 10 cervejas tenho que tomar só uma. Ou nenhuma. Porque se não me cuido, estou a piorar como indivíduo e estou a piorar a equipa. Se quando treino não compito ao máximo, estou a prejudicar a equipa, não só porque não estou a competir ao máximo, mas porque não estou a elevar os limites de quem competir comigo. Quando o indivíduo é melhor, a equipa passa a melhorar o indivíduo", considerou Martín Anselmi.