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O protesto do FC Porto ao jogo com o Arouca: conheça os fundamentos

Dragões deram formalmente entrada ao pedido no Conselho de Justiça

• Foto: Reuters
O FC Porto já entregou formalmente o seu protesto ao jogo com o Arouca ao Conselho de Justiça (CJ). Em suma, segundo apurou Record, os dragões alegam que, em nenhum ponto das normas está expressamente referido que o contacto entre árbitro e VAR pode ser realizado por telemóvel. O clube nortenho entende ter sustentação para o seu protesto, mantendo-se convicto da existência de base jurídica para que este vingue.

Na sua exposição, o FC Porto recorda que o árbitro Miguel Nogueira assinalou penálti sobre Taremi, aos 89', dando depois indicação, passados 5 minutos, da anulação da decisão anterior. E isto na sequência de uma comunicação estabelecida com a equipa de vídeoarbitragem, presumivelmente o VAR Rui Oliveira.

Dizem ainda os dragões que o recurso ao VAR, com assistência vídeo para revisão do lance, foi decidido pelo árbitro principal logo após ter assinalado falta sobre Taremi, mas que, ao chegar ao monitor, Miguel Nogueira apercebeu-se que no mesmo não havia transmissão e, depois, passou a falar com o VAR através de um telemóvel entregue pelo 4.º árbitro, até porque o sistema normal de comunicações também esteve em baixo durante algum tempo. Posto isto, baseando-se nessa conversa via telemóvel, haveria de tomar a decisão final.

Ora, é nessa decisão de anulação que, considera o FC Porto, existe o erro de arbitragem que justifica o protesto agora apresentado e não no não funcionamento ou funcionamento deficiente da tecnologia VAR. O protesto baseia-se, na prática, não na inoperacionalidade do sistema VAR naquele período, mas sim no facto do árbitro ter decidido reverter uma decisão de campo baseando-se, dizem os dragões, num sistema que padecia de uma falha que a tornou substancialmente inoperacional no estádio. A este propósito, o FC Porto fala de deficiências que transformaram o VAR "numa espécie de AAR (Áudio-Árbitro)".

Usando a situação do jogo de domingo como ponto de partida, mas alargando a sua sustentação a um sentido mais lato dos problemas, os dragões interrogam mesmo se seria aceitável o árbitro contar com o apoio do VAR durante todo um jogo se, logo à partida, fosse sabido que a tecnologia estava a funcionar de forma deficiente no estádio, tal como a impossibilidade de ver as repetições dos lances e que, para comunicar com o VAR, o árbitro tivesse de usar de forma recorrente um telemóvel. Ou seja, os dragões concluem que, não estando a funcionar corretamente, o sistema VAR não pode simplesmente ser usado.

O FC Porto também critica a utilização do telemóvel para estabelecer comunicação entre árbitro e VAR, vincando que tal não está previsto nas Leis do Jogo. Os dragões solicitaram ao Conselho de Arbitragem a regulamentação do funcionamento técnico do VAR na 1ª Liga e, após receção, concluíram que não há regulamentação que aponte a um recurso ao telemóvel.
Por Record
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