O incidente entre Pepe e Santi Colombatto consta do relatório de Manuel Mota. O árbitro, de 46 anos, referiu-se ao caso que incendiou a reta final do FC Porto-Famalicão que decidia o rival do Sp. Braga na decisão da Taça de Portugal, no Jamor, sendo a descrição dos factos um meio de prova ao qual costuma ser atribuído grande valor por parte do Conselho de Disciplina da FPF.
O central dos dragões acusou o médio argentino de lhe chamar "mono", o que é traduzido do espanhol como "macaco" em português, provocando indignação e levando a que, segundo afirmou, o internacional português tenha ponderado abandonar o relvado.
Pepe disse mesmo que Manuel Mota tinha ouvido o insulto mas, no relatório, o árbitro apresenta outra versão da ocorrência segundo a transcrição do documento a que Record teve acesso.
"Aos 87' o jogador número 3 da equipa A dirigiu-se ao árbitro dizendo que o jogador do clube B lhe chamou macaco. Respondi-lhe que não percebi o que ele disse mas que macaco não chamou de certeza", asseverou Manuel Mota.
O posicionamento do juiz da AF Braga está de acordo com a conduta que assumiu em campo, perante os protestos de Pepe. Mota não procedeu a qualquer sanção disciplinar tanto sobre o Santi Colombatto como em relação a Pepe, sendo que no caso do jogador portista existia o risco de um segundo cartão amarelo levar à sua expulsão.
De resto, e ao que
Record também apurou, o outro jogador do Famalicão que se encontrava perto do local dos factos, Jhonder Cádiz, perante as queixas de Pepe dirigiu-se ao árbitro em defesa do colega, garantindo que este "não chamou nada" ao adversário.
No entanto, através das redes sociais, Colombatto já admitiu ter dito a Pepe "deste-me uma patada, idiota", negando qualquer expressão de conotação racista.