Buatu reconhece dificuldades na época do Gil Vicente mas aponta ao crescimento

Central acredita em melhor arranque da equipa na próxima época

Jonathan Buatu, jogador do Gil Vicente, em ação num jogo com o Boavista
Jonathan Buatu, jogador do Gil Vicente, em ação num jogo com o Boavista • Foto: José Gageiro/Movephoto

O defesa do Gil Vicente considerou que as "adversidades" sentidas pela equipa na Liga Betclic 2024/25, vão fortalecer o grupo para encarar a próxima temporada, no principal escalão, "com mais tranquilidade".

"Foi uma época longa, com muitas mudanças e adversidades, na qual houve um crescimento geral. Passámos momentos complicados e outros bons, mas, na parte final, houve evolução coletiva que nos fez garantir a manutenção", disse o internacional angolano, em entrevista à agência Lusa.

O defesa central, de 31 anos, que está em Barcelos há época e meia, acabou por ser uma das vozes de experiência do plantel, sobretudo na parte final da temporada, quando jogou com mais regularidade.

"Temos muito talento e qualidade, mas falta alguma experiência. Isso só se ganha com jogos, com minutos e com aprendizagem. Se conseguirmos manter esta base atual, vamos crescer e fazer uma boa próxima época", antecipou.

Buatu reconheceu que foi necessário uma adaptação do grupo às mudanças de treinadores que aconteceram durante a temporada, mas apontou que tanto Bruno Pinheiro como César Peixoto fizeram evoluir o plantel.

"Os dois foram bons. Com o Bruno tivemos aquela série de sete jogos sem perder. Com o César também tivemos bons momentos. Não posso dizer que um foi melhor do que o outro, são diferentes, mas ambos deixaram a sua marca", analisou.

O central disse acreditar que, com a continuidade de César Peixoto, a equipa tem "uma base de estabilidade diferente para conseguir melhores resultados logo no início da próxima época".

"Espero que seja uma época mais tranquila. Desde que cheguei, estivemos sempre a lutar até ao fim pela manutenção, com muita pressão. Gostava que, na próxima época, conseguíssemos olhar mais para cima do que para baixo na tabela", afirmou.

Numa retrospetiva sobre a temporada que agora findou, Buatu considerou que a vitória caseira (3-1) sobre o FC Porto, na 18.ª jornada, um dos pontos altos, mas enalteceu a importância dos triunfos na fase final do campeonato.

"O jogo contra o Boavista, no Bessa, foi muito importante para quebrar uma série sem vitórias. E depois o triunfo em casa, contra o Farense, que nos deu aquela sensação de que a manutenção estava quase garantida", recordou.

A nível pessoal, o defesa central destacou a partida frente ao Sporting, em Lisboa, onde, apesar do triunfo (2-1) dos leões, foi considerado um dos melhores em campo.

"Acabei por ter um bom desempenho ao marcar Viktor Gyökeres, que, para mim, é o melhor avançado do campeonato. Foi dos mais difíceis de enfrentar, a par do Victor Osimhen [avançado nigeriano do Galatasaray], quando joguei em França. São parecidos, ambos com grande capacidade física, boa movimentação e sabem guardar a bola. Talvez o Osimhen tenha sido ainda mais complicado", recordou.

Aos 31 anos, Buatu é um dos mais experientes jogadores no plantel do Gil Vicente e, com a saída já anunciada do também central Rúben Fernandes, anterior capitão de equipa, o angolano sente-se pronto para ser uma das referências do plantel.

"O Rúben era muito importante. No último jogo, em que ele não esteve, senti que a responsabilidade estava mais nos meus ombros. Faz parte, e eu assumo isso com naturalidade", concluiu.

Por Lusa
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