O Tribunal da Feira condenou esta sexta-feira o Moreirense à suspensão de participação em competição desportiva por um ano, num processo de corrupção desportiva em que foram condenados outros cinco arguidos. O Moreirense foi condenado também na pena única de 450 dias de multa à taxa diária de 250 euros, perfazendo o montante global de 112.500 euros, por quatro crimes de corrupção, de acordo com o acórdão a que a Lusa teve acesso.
Em comunicado, o Moreirense garantiu que "a sua participação nos campeonatos profissionais não está em causa" e que o castigo poderá cingir-se "a competições amadoras organizadas sob a égide da Associação de Futebol de Braga e da Federação Portuguesa Futebol, no âmbito das camadas jovens". À Lusa, o advogado do Moreirense, Ricardo Sá Fernandes, esclareceu que esta decisão não coloca em causa a participação do clube na liga profissional. "Quem foi aqui condenado foi o Moreirense e não a SAD, que é quem está a disputar a liga profissional", afirmou o causídico.
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O que diz a acusação
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o Moreirense tentou subornar seis jogadores de equipas adversárias para subir de divisão, na época 2011/2012, quando o clube se encontrava na 2.ª Liga.
A investigação apurou que Pedro Miguel Magalhães, filho de Vítor Magalhães, e e um antigo vice-presidente do clube Manuel Orlando "Alhinho", pediram a dois ex-jogadores do Moreirense para abordarem jogadores da Naval e do Santa Clara, prometendo-lhes "avultadas quantias em dinheiro", para terem um "mau desempenho desportivo", nos jogos de futebol que aquelas equipas iriam disputar com o clube nortenho.
Dos futebolistas contactados apenas um jogador da Naval terá aceitado a proposta, acabando por receber cinco mil euros, por ter sido expulso no jogo que a sua equipa disputou com o Moreirense e que terminou com a vitória dos visitantes por 1-2.
As penas atribuídas
No processo, também foram condenados Pedro Miguel Magalhães e Manuel Orlando "Alhinho", a três anos de prisão, por quatro crimes de corrupção. Estas penas foram suspensas com a condição de o primeiro pagar cinco mil euros à Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência e o segundo entregar dois mil euros ao Centro Social Santa Cruz das Irmãs Passionistas.
O coletivo de juízes condenou ainda o antigo futebolista Nuno Pereira Mendes por três crimes de corrupção e um crime de branqueamento, na pena única de três anos e meio de prisão, suspensa, mediante a condição de entregar 1.500 euros à Santa Casa da Misericórdia da Feira.
Um outro ex-futebolista - Sérgio Grilo Neves - e o jogador ainda no ativo José William Mendonça foram condenados a um ano e três meses e a dois anos de prisão, respetivamente, igualmente com pena suspensa, por um crime de corrupção. Cada um deles terá de pagar mil euros a instituições da Feira.
O tribunal julgou ainda totalmente improcedente o pedido de indemnização cível formulado pela Naval. O presidente do Moreirense chegou a ser suspeito de estar na origem deste caso de alegada adulteração da verdade desportiva, mas, no seu caso, o processo foi arquivado por "manifesta insuficiência indiciária".
(notícia atualizada às 21h32)
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