Entre outras alcunhas, o Sp. Braga é conhecido como a equipa arsenalista. Embora a história do nascimento de tal termo seja conhecido da generalidade dos bracarenses, permanece um mistério para a grande maioria dos adeptos nacionais. E para os ingleses ainda mais.

Joseph Szabo é um nome bem conhecido dos portugueses. Foi jogador e treinador no nosso país e, entre outros emblemas, representou precisamente o Sp. Braga. Em 1921, Szabo orientava a equipa que, à altura, equipava de verde e branco, tal como o Sporting. O húngaro assistiu a um jogo do Arsenal, gostou tanto das camisolas vermelhas com mangas brancas dos gunners que sugeriu que o Sp. Braga passasse a utilizar um equipamento semelhante. E assim foi. O Sp. Braga é arsenalista, bracarense, é da Cidade dos Arcebispos, é, mais recentemente, símbolo dos Guerreiros do Minho e até, para alguns, nomeado pelo controverso termo braguista.

Se a génese da alcunha escapa até a alguns adeptos portugueses imagine-se aos ingleses. A reportagem de Record falou com indefetíveis fãs do Arsenal e, a verdade, é que não sabiam que há um Arsenal no Minho. Tom Malloy, de 26 anos, por exemplo, mostrou-se “espantado”, mas, ainda antes de saber da história, puxou da sua orgulhosa paixão clubística. “Sinceramente não sabia. Penso que é um dado curioso e que só mostra quão grande é o nosso clube. Deixa-me até orgulhoso”, disse entre sorrisos.

James Houllie, de 37 anos, “sócio de número secreto” – mas devidamente identificado com o fato de treino completo da sua equipa – também confessou a ignorância do facto. “Não fazia a mínima ideia. Já os vi pela televisão, mas não tinha reparado nisso, nem sabia da alcunha”, afirmou, concluindo de forma rotunda: “Não sei se lhes basta o nome para nos ganharem. Nós somos o verdadeiro Arsenal.”