Rúben Amorim reconheceu que a parte psicológica mudou o jogo a partir do momento em que o FC Porto conseguiu chegar ao empate. Em plena conferência de imprensa, após a derrota na Supertaça, o técnico do Sporting voltou a referir que os leões já passaram por momentos difíceis como este e deixou ainda muitos elogios a Debast, que acumulou algumas falhas ao longo do encontro, nomeadamente na jogada do primeiro golo do FC Porto, em que falhou um corte e deu a oportunidade a Galeno para reduzir a desvantagem. Explicação: 
Sensações: "Eu senti que a equipa estava a jogar bem, tínhamos controlo do jogo, mesmo antes do 3-2 sentia-se no estádio como tínhamos a bola e o Porto não conseguia pressionar. Tínhamos controlo do jogo, aconteceu o que acontece no futebol. Sofremos num lançamento. A seguir devíamos ter tido mais bola. Parte psicológica entrou no jogo. Só mexi quando o Morita perdia algumas segundas bolas".
Impacto: "Este jogo vai ter algum impacto na preparação, nos adeptos e em toda a gente no Sporting. Deve ter. Somos uma equipa que quer ganhar tudo, perder desta maneira tem de ter impacto. A única maneira que sei preparar os jogadores é bater nas rotinas. Se forem para o campo tranquilos, as coisas vão aparecer. É importante não pensarmos dois jogos à frente. É tão difícil hoje que vamos querer compensar, ganhar dois jogos de uma vez. O que os jogadores têm de fazer é o que eu disser durante a semana".
FC Porto não colocou segundo avançado: "Em relação ao segundo avançado, nem pensei nisso. Senti que estávamos no controlo do jogo, tínhamos de ser melhores nos momentos decisivos. Quando está 3-0 não podemos sofrer golo em jogadas que não são construídas".
Gyökeres pareceu arrastar-se na parte final... "Não senti que o Gyökeres se estivesse a arrastar. Estava cansado, mas aguentou melhor do que pensava. Não senti nada disso. O que digo aos sportinguistas é que vamos continuar a trabalhar. É um dia difícil para todos, mas já vivemos estes momentos. Muito difícil e não há nada que possa dizer que os adeptos. Em relação ao Kovacevic, é continuar a trabalhar e quando perdemos perdemos todos."
O que há a melhorar? "Momentos do jogo, temos de perceber os momentos do jogo, temos de matar o jogo quando temos oportunidades, temos de definir em vantagem numérica e com espaço. Qualquer jogo está em aberto, a menos que seja 4-0 ou 5-0. Qualquer jogo está em aberto. É uma lição para nós. Por mais difícil que seja não consigo dizer à equipa que jogamos mal. Entrámos um bocadinho devagarinho nos primeiros 5 minutos. A partir daí dominámos. Não fomos bons num lançamento, numa jogada em que a bola entra no corredor central e numa segunda bola que dá remate, bate num jogador e é golo. É seguir em frente.
Demérito do Sporting ou mérito do FC Porto? "É impossível demérito de uma equipa que ganha 3-0 com o jogo controlado. Há mérito do FC Porto porque acreditou. Não existe uma coisa sem a outra. Volto a dizer, tivemos demérito, estávamos a ganhar 3-0. Controlámos o jogo"
Ambiente do futebol português, fair play na entrega da taça e almoço de presidentes: "Ambiente está muito melhor, mas é difícil estar a comentar isso. O ambiente está bom, é seguir em frente e dar os parabéns ao FC Porto."
Exibição menos conseguida de Debast: "Debast foi a primeira bola que alguém roubou. Vocês têm de contar os passes que acertou. Foi bom na saída de bola, mas quando há um erro marca muito. Se há coisa que Debast não precisa é de saída. Precisa de jogo aéreo e que toda a gente acredite nele. Acho que contratámos um craque. Não trocava por nenhum central do Mundo. Já passou por estes momentos, talvez LASK seja equivalente. Sportinguistas que não desistam já de nós"
Por Pedro Morais