Há muito tempo que deixou de ser segredo, pois em abril de 2008 o próprio Mário Jardel assumiu que foi viciado em cocaína.
Na sequência dessa revelação, ainda assim, o ex-diretor do laboratório de análises do Conselho Nacional Antidopagem, Luís Horta, explicou que o antigo avançado brasileiro nunca teve um controlo antidoping positivo enquanto representou o FC Porto (1996-2000) e o Sporting (2001-2003) – em Portugal jogou ainda no Beira-Mar (2006/07). Ou seja, o consumo de Jardel seria feito entre jogos.
Serve a introdução para enquadrar o mais recente testemunho a propósito dos problemas de Super Mário com as drogas, no passado.
Em declarações ao podcast ‘Vorbitorincii’, Lazlo Bölöni, treinador campeão no Sporting em 2001/02, admitiu este domingo que o histórico goleador, hoje com 52 anos, consumiu drogas na sua passagem pelos leões, nomeadamente cocaína, e chegou mesmo a ser dado como inapto para competir em virtude desse facto.
Questionado sobre qual o jogador mais problemático que treinou durante a sua carreira, Bölöni, de 72 anos, apontou a Jardel e à temporada 2002/03, quando Jardel falhou 15 de 34 jornadas do campeonato, por alegados testes positivos a cocaína, realizados pelos médicos do Sporting, que o impediram de ir a jogo. Jardel acabaria por ser cedido ao Bolton, em 2003/04.
“O jogador mais difícil de treinar e aquele com quem tive mais problemas foi com o Jardel. O pai e a mãe dele eram alcoólicos, o problema era esse. Eu escrevia a equipa no quadro, na presença dos jogadores, colocava-o no onze e o médico fazia-me sinal de que não era possível porque o Jardel estava com… [faz gestos no nariz]. Eles faziam o teste, para percebermos se o médico lhe podia dar luz verde para jogar, e ele estava positivo”, descreveu Lazlo Bölöni, antes de contar como tentou recuperar Jardel.
“Eu era um treinador jovem, fiz um grande esforço. Estou em paz com a minha consciência, fiz o que pensava estar certo”, referiu. “Um dia disse-lhe: ‘Ouve, vou levar-te para o estágio comigo. Vamos e ficamos lá fechados, eu no meu quarto e tu no teu. Conversamos, comemos, treinamos, corremos.’ Ele concordou. Fiquei com as chaves do carro e dormi com ele no centro de estágios. Eu estava a fazer horas extras nessa segunda época. Além disso, telefonava para o Brasil, falava com a mulher dele, a Karen, e com a filha. Começou tudo bem, mas depois tornou-se terrível”, relatou Bölöni, ao podcast ‘Vorbitorincii’.
E prosseguiu. “Ao fim de seis dias ele disse-me: ‘Não me sinto bem, vou ter de sair durante algum tempo, mas volto.’ Respondi-lhe: ‘Mário, eu conheço-te. Não vais a lado nenhum. Vamos lá fora, vamos correr, fazer um exercício’. E ele: ‘Sim, sim, mas eu volto’. Eu sabia que ele nunca mais iria voltar. Fez uma chamada, chegou um táxi e ele desapareceu”, acrescentou Bölöni, que remata. “Ele de facto apareceu no dia seguinte, mas o médico começou a acenar-me…”
“Perder Mário Jardel na minha segunda época no Sporting foi uma grande derrota para mim. Ele tinha marcado mais de 40 golos [foram 55 no total] na primeira temporada; na segunda estava em 6 [acabou com 12]”, lamenta o técnico romeno.
Por Vítor Almeida GonçalvesAntigo treinador dos leões conta pormenores sobre a segunda época (2002/03) do avançado brasileiro em Alvalade
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